sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Eu, hoje

Hoje eu consegui enfim colocar em uma palavra meu estado mental das últimas semanas: estou perturbada.

Pra falar a verdade, eu queria mesmo era fugir, pra bem longe, onde nada me alcançasse. Mas já descobri no ano passado que essa não é a solução...
Então, vamos lá pra mais uma sessão de autoterapia, porque eu preciso mesmo saber o que vem acontecendo.

Antes de tudo, eu preciso dormir. Passei essa noite totalmente em claro, revirando na minha cabeça mil histórias, mil problemas e nenhuma solução. Rezei, li, vi os programas mais chatos da programação de tv. Voltei pra internet, escrevi, joguei, li mais um pouco. E nada de sono... Cá estava eu, às 6 da manhã, com os olhos bem abertos, esperando o jornal começar.

Eu não sei mesmo o que fazer da minha vida. E o que antes eu achava que era piada, agora tá perdendo a graça. A vida é agora, preciso largar minha faixa de Miss Procrastinação e partir pra algum lado. Qualquer lado. Preciso tomar sérias decisões, me cobro isso a todo momento, mas não chego a nenhuma conclusão viável, um desespero.

Preciso selecionar as pessoas que participam da minha vida. Não quero mais deixar ninguém entrar pra me magoar intencionalmente. Eu sei, é um risco que se corre todo dia. Mas posso não querer correr, pelo menos por um tempo?
Tem ausências que dóem, mas parecem necessárias. E presenças questionáveis.
Tenho medo de conflito, quero paz. Quero todas as energias positivas do mundo. Todo bom humor também pode acompanhar, por favor.
Como balancear? Como colocar tudo em seu lugar? Quando será que eu vou aprender a lidar com isso sem sofrimento?

Nada sei.
Vou tomar um chá e pensar mais um pouco, espero que logo eu consiga desligar.

Estou aqui abrindo o coração, talvez falando demais.
Talvez dando munição desnecessária e me expondo demais.
Sorry, leitores, pela deprê, foi o cansaço.
Mas hoje, eu precisava desabafar.


"Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome." Clarice Lispector

Shaya!

Hoje resolvemos inovar e mudamos nossos locais clássicos de reunião...
Chega dos mesmos, como diria aquele político há um tempo atrás!
É sempre bom mudar um pouco os ares, ver gente diferente e poder pedir pratos novos...

(((Pra quem não sabe, eu sou totalmente escrava dos pratos que eu gosto nos restaurantes de sempre... Se vou no América, tenho que pedir salada de carpaccio, se é Almanara, salada Agadir e kafta no espeto, se for Bela Sintra, bacalhau à Lagareiro, no Antiquarius, sempre picadinho, no Quattrino sempre penne Galisteu e por aí vai...)))

Então, por convite de um dos sócios (chiiiiiiiqueeeeeeeeee) fomos hoje (eu, July e Lê) ao Shaya.

O ambiente é show! Lembra o Kong, de Paris, com as cadeirinhas de plástico e a iluminação modernosa. Ah, mais uma de Paris: serviram soja de entrada e eu super sabia comer graças ao Buddha Bar!

A comida também excelente... eu e a Jú fomos de Japa e a Lê comeu um filé com molho de gengibre divino (que da próxima vez eu peço com certeza). Até o abacaxi de lá é mais legal. O café então, com tampinha, um mimo!

Hoje era a estréia do Dj Puff. E foi difícil não sair dançando no meio do restaurante quando ele emendou Mercy e Rehab! Tuuuuuuudo! Dava vontade de correr pro banheiro pra dançar, porque lá o som tocava bem alto.

Pra embalar tudo isso, a companhia das guerreiras (que se arrumam em 10 minutos), o papo que não acaba e que vai desde os planos para amanhã até as memórias de tempos remotos.
Ainda passamos pelas lembranças da Vuitton, que rendeu risadas graças ao fanatismo exacerbado do meu ex/ chefe/ mexicano/ gay que amava com todas suas forças a Wanessa Camargo (esposa de um dos sócios da casa) e que cantava todas as músicas do cd com aquele sotaque estranho... Dou risada sozinha só de lembrar!

Foi um ótimo começo de fim-de-semana.
Tomara que essa energia e esse bom humor perdurem por esses dias.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Desequilíbrio

Eu como demais
Bebo demais
Danço demais
Choro demais

Só penso em sair um pouco de casa
E quando saio só penso em voltar

Eu não tenho sono na hora certa
Ou durmo demais ou passo as madrugadas em claro

Meu coração parece fora do ritmo
Minha respiração fora de compasso

Quero tudo agora
E nada amanhã

Às vezes acho que vai dar tudo certo
Mas vivo pensando que o mundo vai acabar...

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Meus blogs prediletos

Querido Leitor: mesmo tendo dado uma desencanada federal da Rosana nos últimos tempos, esse foi o primeiro blog que acompanhei de verdade. E, se você tiver paciência de dar uma passeada nos arquivos, vai achar muitas idéias legais e opiniões válidas. Tinha muita coisa que ela escrevia que parecia tradução simultânea do que eu pensava (hoje não mais).

Post Secret: leitura obrigatória de todo domingo. Com alguns segredos eu me identifico e alguns são completamente surpreendentes. É uma idéia genial!

Te Dou um Dado: viciei na primeira visita. Passo mal de rir com o besteirol todo, principalmente dos posts da Polly (que também escrevia o I blame my parents)

Just Lia: milhões de coisas bonitinhas, dicas de design, moda, lojas, makeup... tudo muito fofo! Adoro!

Aprendendo com os 30: da minha jornalista/ amiga/ amada Fê. Acompanho diariamente, comento em todos os posts, sou fã!

Minhas Epifanias: da minha jornalista/ prima/ amada Márcia. Gostoso ler o que ela escreve... Mato um pouquinho das saudades... Que são muitas!

Sim Viral: pra marketear um pouco e tentar não perder o interesse nesse mundinho em que já vivi (e que já admirei)

Julia Petit: pra quando você não tem nada pra fazer e não tá com vontade de pensar. Mesmo.

Escreva, Lola, Escreva: adoro os textos dela. Até aqueles que me transformam em uma feminista um pouco inflamada. Li pela primeira vez por indicação da /flaviadurante, no Twitter. Não consegui fechar a janela do navegador enquanto não tivesse lido o arquivo todo! Demais!

Homem é tudo palhaço: tem hora que consola, vai... Quando você acha que passou por uma história surreal, sempre tem alguma pior!

Geek Chic: passo maaaaaaaaaaaaaaal! Quero tudo que vejo! Desde os celulares enlouquecedores e cor-de-rosa até as coisas modernosas de cozinha.

Tenho certeza que esqueci vários, mas vou deixando pra amanhã ;)

Lugar

Meu escritório não é um lugar inspirador...
Tenho composto todos os posts do blog e todos emails mais elaborados do meu notebook, que fica pessimamente localizado na minha cama!

Tá aí a explicação pra essas novas dores nas costas.
Vou expandir a arrumação aqui pra frente do computador também... Quem sabe assim não surja um ambiente um pouco mais amistoso, confortável e suportável?

Enquanto isso, aquela primeira arrumação que comecei junto com o blog está longe de ter fim.
Por causa da cirurgia de Mami, tirei tudo que tinha no chão e joguei pra cima da cama de hóspedes (sorry, não poderemos recebê-los pelos próximos meses).

Tirei uma caixa de cds que estavam esquecidos nos fundos das prateleiras.
A missão agora é: marcar em cada um as faixar para serem "salvas", ripar num note velho que descobri aqui e salvar ou em dvd ou num hd externo (depende do tamanho).
Tem cara de missão impossível, não?
Por isso que eu adooooooooooro!
Se eu fosse corajosa mesmo, levava esse projeto pra minha coleção de cds inteira, e liberava metade do espaço útil daqui para novos armários...

domingo, 26 de outubro de 2008

Coisas que eu amo

Essa pertence a categoria "coisas que eu amo mas me fazem morrer de chorar".

Sábado a tarde peguei o E.T. bem do comecinho, passando na Record.

Fazia muito tempo que eu não assistia direito, então resolvi largar o controle remoto e assumir o símbolo mór da minha nostalgia infantil.

Diz a lenda que meus pais tentaram me levar ao cinema para ver esse filme, porém tive que ser retirada do recinto no meio, devido ao meu choro compulsivo/ incontrolável/ soluçante.
Algum tempo depois, para estrear o novíssimo aparelho eletrônico de casa (o tal vídeo cassete), alugamos o extraterrestre de novo e o exibimos para uma platéia especialíssima, que incluía minha vovó Sálua. Depois do ET assistimos Splash, uma sereia em minha vida e nos matamos de rir, pra compensar.

Não sei exatamente qual é a parte que "me pega" na história... Não sei se é a amizade dos dois, o elo que eles criam, não sei se é a fofura da Drew Barrymore, se é a música, as cenas dramáticas de quando ele quase morre, se são os olhões do ET ou a vontade dele de voltar pra casa.


Sei que tudo me emociona! E na hora que vi estava lá, correndo pra sala de almoço ligar a tv pra não perder um pedaço. Obviamente usei uns 4 guardanapos a mais do que o habitual, para limpar aquelas lágrimas que insistem em cair.

Acabou o almoço e eu voltei correndo pro quarto pra ver os momentos finais... Aí, sim! Quanto soluço! Até meu pai, que normalmente passa reto pela minha porta, resolveu dar uma olhadinha e checar se estava tudo bem...

Aí ele me lembrou de mais uma cena histórica entre mim e esse bichinho lindo (aos meus olhos): da primeira vez que fomos à Universal, em Orlando, fomos no brinquedo do ET.

Na lojinha, logo comprei a pelúcia, que acende o dedinho e fala "ET phone hoooooome".
E é a única pelúcia que eu não jogo de jeito nenhum! Nunca!

No começo da fila, você fala o seu nome para entrar no carrinho. Aí, passa a aventura toda, você salva o ET e ele aparece ali, na sua frente, na cestinha da bicicleta.


Lógico que nesse ponto eu já tava me segurando loucamente pra não chorar.
Aí, no finalzinho, ele aparece do lado de fora do carrinho... Dando tchau e falando thank you pra todo mundo...

Ele falou "Thank you, Karen", com aquele jeitinho todo fofo...
E eu fiquei em choque pelo resto dia!

Back to black

He left no time to regret

Hoje eu levei um fora.
Um fora gostoso, como há tempos não levava. Teve até um toque de maldade totalmente desnecessário. E acho que foi isso que me tirou da cama e me fez vir até o computador escrever...

Me and my head high
And my tears dry

Pensando bem (depois da choradeira), só levei um fora desse "naipe" até hoje. O que é bem pouco. Doeu muito mais, mas foi há muito tempo, quando eu ainda acreditava em finais felizes e príncipes encantados.

Tenho certeza que algumas pessoas acharão meu sofrimento ridículo, outras podem chorar comigo e poucas poderão dar risada. Sei que um amigo vai dizer que eu merecia (carmicamente falando, considerando meu passado um pouco cruel).
Enfim... Foi!

Get on without my guy

Sei que não vou querer mais falar nesse assunto. Ele vai ficar guardado láaaaa num compartimento específico de difícil acesso (junto com um comunicado de casamento, uma valsa que não aconteceu, uma separação dolorosa e outras coisinhas do tipo)


Pooooooooor favor!
Amigas, nem me perguntem detalhes porque a partir da publicação desse post eu não falo mais nisso, nem no nome, nem no endereço, nem em nada!
Encerro de vez, como sempre faço.

Me and my head high
And my tears dry
Get on without my guy

Ainda me surpreendo com a minha capacidade de me deixar enganar, mas acho que isso é meio natural (e hormonal).
Mas, pra falar a verdade, já me considero em período adiantado do healing process. Sou boa nisso!
Além de tudo, tenho o colo da minha mãe me esperando na cama e algumas pistas claras de que eu tinha pintado errado esse herói.

So far removed from all that we went through

Bom, agora é back to black... Vamos fazer como a amiga Amy e enterrar o coração. Sim! Aquele mesmo coração que eu achava que nem existia mais há alguns meses atrás. Nem vai fazer falta.

And I tread a troubled track
My odds are stacked
I'll go back to black

RIP.

Vejam o clipe, é muito bom!

sábado, 25 de outubro de 2008

Livros, livros e mais livros...

Ler é uma das minhas atividades prediletas. Adoro como consigo ir pra outros mundos, outros realidades e me perder nas vidas, aventuras e dramas alheios.

Sou verdadeiramente compulsiva por livros.
Hoje fomos à Livraria Cultura do Market Place. É uma das minhas preferidas, assim como a Cultura do Villa Lobos e a FNAC de Pinheiros. A Saraiva reformada do Ibira também ficou show, só que ainda não aprendi a me virar direito lá.

Saí de lá sem nenhuma sacolinha nas mãos (milagre!), mas já guardei na memória os seguintes livros bem compráveis:

- O livro secreto do banheiro feminino (bem indicado por uma amiga),
- Eu pego esse homem (desses romancinhos leves de capa pink),
- Guia Ilustrado de Filosofia (sim, eu insisto em aprender Filosofia),
- O Livro das Perguntas (para uma fase meio Neruda),
- A Sombra do Vento (que só resisti até agora porque é ambientado em Barcelona)
- Isso é amor ou obsessão? (auto-ajuda que vi na Saraiva e não comprei por muito muito pouco)

Na verdade, eu não deveria estar pensando em livros que não fossem para concursos.

Mas, acima disso, eu não deveria pensar em livros enquanto não diminuísse essa fila imensa que se formou na minha cabeceira!

Em andamento, tenho aqui:
- O Mago (quase no final)
- Travessuras da menina má (quase no começo)
- A Cabala da Comida (praticamente na introdução)
- O Apanhador no Campo de Centeio (já empacado há um bom tempo)
- O Despertar de uma Nova Consciência (a Oprah indica, eu compro)
- O Diário de Anne Frank (adquirido num impulso turístico mais típico impossível em Amsterdam)

- E, finalmente, o escolhido para hoje: O Poder do Subconsciente, que já comecei a ler uma vez e vou começar de novo hoje (com caneta marca-texto na mão e tudo).

Bom, todo mundo tá cansado de saber que eu adoro uma auto-ajuda básica (quem ainda não me ouviu falar sobre o Greg que atire a primeira pedra).

Esse, do Joseph Murphy é bem mais sério, porque trata de um assunto que me interessa demais: o poder das idéias que gravamos no nosso subconsciente.

Eu, com essa minha auto-estima invejável (ironia 100%), devo ter gravado aqui na minha cuca umas idéias muito equivocadas... Algumas eu percebo com muita clareza. Algumas outras, só em sessões profundas de autoterapia.

O que eu busco mesmo é identificar onde eu ando errando e correr com as soluções.

Acreditando ou não no Murphy, no Segredo, no Tolle ou em qualquer outra linha do Novo Pensamento, o que importa é ter uma atitude POSITIVA em relação à vida, à sua individualidade e ao ambiente que nos cerca, pois se tem uma teoria da qual ninguém duvida é:

o que a gente joga pro mundo, o mundo joga de volta pra gente!

Boas noites e bons pensamentos. Sempre.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Nada saudável

Pois é... e por você eu adquiri um hábito nada saudável.

Eu saio, me divirto, volto tarde pra casa e bem na hora de colocar a cabeça no travesseiro eu choro.
Choro como criança, abro o berreiro, soluço, perco o ar e limpo na blusa do pijama as lágrimas sujas de maquiagem .

Eu ainda olho no celular mais uma vez, só pra ter certeza que não perdi um recado ou uma ligação.
Revejo todas as formas de comunicação pelas quais você pode ter tentado contato.
Procuro, quase sempre sem sucesso, uma pista que me diga por onde você anda.
Mas você é bom demais em apagar os rastros e me deixar perdida.

Hoje foi assim.
Virei tanto meu pescoço na esperança de te ver chegar que até sinto dor.
Ensaiei tanto o sorriso, a reação, o olhar... pra nada.
Pra não te ver passar, não te ver chegar, não ouvir sua voz, nem sentir teu cheiro ou ganhar seu beijo.

Que luta é essa?
Pra que tudo isso?

Bem eu... que antes de você era tão feliz.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

30/5/98 - Sábado

"Bom, a semana foi até que sossegada, consegui parar de pensar um pouco no Caio e me conformar que não vai ter volta mesmo.

Quinta, eu e as Thaíses (Ikeda, Serafim e Passarella) fomos ver uma palestra do Luciano Huck na ESPM. Depois, íamos sair mas não nos empolgamos, pra variar...
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Acabamos no Fifities, que foi legal também. Conversamos pra caramba.

Ontem, fui almoçar no shopping com mã e acabamos brigando porque ela achou melhor eu não ir pra Salvador, já que é véspera de provas.

Ela não tem idéia do quanto faria bem para mim passar uns dias lá. Não é pelo Júlio nem nada... por mim.

Chorei muito e só quis dormir. Tanto que as meninas me chamaram pra sair várias vezes e eu nem quis ir de tão mal. Preciso da Bahia...

Vou enlouquecer"

Conclusões pertinentes vindas do passado: Eu SEMPRE acho que vou enlouquecer e eu SEMPRE preciso da Bahia!

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Template

Por que toda vez eu tenho que perder tantas horas pra achar um template que preste pro blog?

Dessa vez pensei que tinha achado fácil, mas acabei de ver uns probleminhas que não gostei nada!

Por que eu não terminei meu curso de html e websites, heim? Pooooor quê????

Update: nesse site aqui tem vários legais e fáceis de instalar: http://btemplates.com/

Reforma alheia

Eu juro que eu queria começar o dia com um texto super inspirado, ne verdade ia começar hoje minha declaração de amor pelas madrugadas.

Mas eu simplesmente não consigo pensar com essa reforma aqui em cima!!!!!
A pessoa que comprou já derrubou tudo, já serrou, pintou, montou e hoje acho que está lustrando (ou é isso ou ele vai guardar um helicóptero no apartamento).

Para tentar abstrair um pouco, coloquei pra tocar um cdzinho que estava largado sem nome em cima do rádio. Deu certo, é a seleção de axé que eu fiz depois do último carnaval da Bahia, em 2006. Agora, por exemplo, tá tocando Eu quero esse amor, do Chiclete. E não tem como não dançar na cadeira e viajar automaticamente lá pra Castro Alves, com aquele calor insano, aquele monte de gente no Camaleão e eu, Rud, Pri, Lê e Thá pulando como loucas. Delíciaaaaaaaaaaaaa!

Eu me rendo

Eu me rendo à madrugada.

Eu aceito a insônia.

Não vou mais brigar. São 7:36 e ainda nenhum sinal de sono.

Não entendo que pânico é esse...

Por que de repente eu fiquei com esse medo de "desligar"?

Nem mesmo agora, com o sol já entrando pelas frestas da janela, eu sinto vontade de ir pra cama.
Tenho vontade de ler, de internetar, de arrumar as bagunças e de escrever.

Deve ser um distúrbio novo.
Vou pra autoterapia e quando eu descobrir o que é eu aviso...

Bom dia!

Maresia

Eu acho que a música algumas vezes expressa melhor o que eu sinto do que quaisquer palavras.

Muitas vezes os clipes que posto no Facebook ou no Orkut são recados indiretos para destinatários que nem sempre percebem ou entendem (acho que alguns nem desconfiam)

O Nando Reis é excelente pra falar o que eu quero e não consigo, com aquele modo romântico não brega. A Rita Lee então, traduz perfeitamente o que passa pelo meu coração, inclusive as loucuras. A lista é interminável...

Agora, hoje mesmo, o que eu queria era sair pelo mundo comemorando minha dor de amor e sendo consolada por um amor em cada porto... Ah, se eu fosse marinheiro...

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Lembrança Musical

Dentre as mil pastas que tenho pra organizar, tem uma especial.

É aquela que guarda as informações dos primeiros cds da famosa Karen´s Records (duvido alguém que não tenha um!)

Eu e minha mania de organização decidimos, na época, que seria muito útil imprimir todas as set lists dos cds gravados. Depois arrumava tudo numa pasta catálogo (de capa preta de couro, por sinal) e mandava os cds numa ordem imutável para um case igualmente pomposo.

Não mexia nisso há um bom tempo, mesmo porque parei de gravar cds, me rendi totalmente aos meus dois antigos iPods e agora ao iPhone.

No caminho para minha cama, dei de cara com a pasta e o rótulo CDS GRAVADOS.
Foi irresistível. Já estou nostálgica mesmo. Sono que é bom (às 4:30), nada. Então vamos lá dar mais uma viajadinha ao passado.

Os primeiros cds são de uma coesão surpreendente: entre as vinte faixas, vemos Ricky Martin, Dido, Pearl Jam, Chico César, Wanessa Camargo e (pasmem!) funk carioca.

Depois de um tempo, eu tomo jeito e meu lado dj começa a tomar forma. Na página 29, tem o famoso cd "Acoustic Sessions by Ká & Digo". Nossa, como eu ouvi esse cd... Se possível fosse, ele tinha furado!

O Digo foi meu modelo na Escola Panamericana, quando eu fazia o curso de fotografia.
Ficamos amigos instantaneamente. Quando eu vi, ele já passava as tardes aqui em casa, a gente ia bundar juntos no parque do Ibirapuera, eu ia com ele procurar apartamento e tals...

Nesse tempo também era a descoberta do Napster, então passamos muitas horas (muitas madrugadas como essa) procurando músicas, versões, letras e bandas. Gravamos provavelmente uns dez cds diferentes, mas esse foi o campeão:

1) Push (acoustic) - Matchbox 20
2) Mr Jones (acoustic) - Counting Crows
3) Worried eyes - Eagle Eye Cherry
4) Let her cry - Hootie & the Blowfish
5) No rain (live) - Bling Melon
6) I hope that I don´t fall in love with you - Hootie & the Blowfish *
7) Lame (acoustic) - 7 Mary 3
8) Iris (acoustic) - Goo Goo Dolls
9) With arms wide open - Creed
10) Name (Live) - Goo Goo Dolls
11) Creep - Radiohead
12) My own prision - Creed

*favorita

Estou procurando todas no blip.fm agora.
Está uma delícia ouvir e lembrar das fotos, das risadas, das viagens fotográficas, do pessoal que era super divertido e do professor (super preguiçoso).

Amanhã vou procurar o tal case. Mas se não achar, sei que pelo menos esse cd eu vou tentar gravar de novo!

10/5/1997 - Sábado

"acordei tarde porque essa semana a faculdade foi puxada.

de tarde, a thaís serafim veio aqui pra gente adiantar o trabalho de filosofia, mas acabamos não fazendo nada. ficamos vendo tv e mexendo no computador.

de noite, fui na Krypton com a Ana. Encontramos a Fê e a Gê lá, foi d+. Adorei.

o Franklin, o Hermínio e o Fábio tavam lá também.

dei muita risada com a Fê, a gente tava atacada.

o "Rei" tava com uma piveta vagaba. O barman tava lindinho.

o Raposo, Jorge, Goiaba e Barango tavam lá e ficamos dançando um pouco com eles.

gostei, mas a Krypton não é mais a mesma... uma pena"

A Krypton foi a primeira balada que virou minha "casa". Comecei a ir lá aos domingos, por causa da Bianca e da Sumaya, que eram novas no colégio e já super baladeiras na 8a série.

Quando vi, já era promotora assim como elas, já conhecia todo mundo que ia lá, sabia as músicas de cor, ia de quinta a domingo, levava todos amigos e contava os dias pra chegar lá!

(Igualzinho eu faço com o Na Mata agora, comportamento repetitivo)

Mais um início

Hoje, numa daquelas loucuras de domingo a noite, resolvi reorganizar minha vida.

Resolvi repensar tudo, repassar todas as crenças, descobrir os hábitos que preciso corrigir e reforçar as atitudes que me fazem feliz.

O primeiro passo para isso tudo foi arrumar meu escritório. Cansei de escutar que para arrumar os pensamentos a gente tem que também arrumar o lugar onde a gente vive e, ultimamente, vivo no caos: tem foto pra todo lado, tem umas três máquinas fotográficas jogadas pelos cantos, livros lidos, livros pra ler, livros da faculdade (afe!)... Isso sem falar nas pilhas de papel acumuladas em cima da bancada e dos quatro computadores amontoados.

Se eu tiver coragem, daqui a pouco posto uma foto "disso".

Eu reluto muito em arrumar as coisas, mas quando resolvo, adoro! Não tem o que me pare (o que não deve fazer minha vizinha de baixo muito feliz nesse momento...).
Minha parte predileta é a do desprendimento descontrolado. Começo a jogar tudo tudo fora. Jogo revistas, panfletos, bilhetes, cartões e até algumas fotos desnecessárias.
Acho uma delícia ver a pilha do lixo. Me dá a sensação clara de energia fluindo.

Já arrumei esses armários pelo menos umas dez vezes durante esses dez anos em que moro aqui.
Tudo já mudou de lugar, algumas coisas até mudaram de cômodo ou foram rebaixadas para o depósito na garagem. Só tem uma prateleira que desde sempre continua no mesmo lugar, do mesmo jeito: a das agendas e diários antigos.

Tenho verdadeiro amor por essas lembranças. Acho uma delícia sentar no chão e passear pelas folhas, uma a uma. Rir de passagens que eu já nem me lembrava, me emocionar com outras que nunca me saíram do pensamento.

Escrevo diários desde os 11 anos. Eles duraram mais ou menos até os 20, depois viraram uns cadernos com pensamentos esparsos, ou diários de viagens, de sonhos e desabafos.

Todos são parte de mim. E talvez nessa loucura de "quem sou eu" eles me ajudem.

Enquanto isso, compartilharei algumas passagens. Talvez eu tenha que esconder um nome ou outro, talvez eu tenha que fazer alguma correção ortográfica, mas tentarei ser fiel o máximo possível.

Para quem me conhece há tempos, vai reconhecer muitas das histórias e para quem me conhece há pouco tempo, terá algumas surpresas e muitas explicações do que sou hoje.

Espero que lendo esses trechos, vocês se divirtam tanto quanto eu.

E boa sorte para mais um blog que começo!