terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Oktoberfest, a minha tradição!

Pois é... quando eu saí de Munique o ano passado, brinquei com todo mundo que estava topando convites pra voltar em 2009, mas meio descrente que isso fosse realmente acontecer.

Quando comecei a planejar a viagem com a Dani, de cara ela sugeriu a Alemanha, um país que ela ainda não conhecia (e pra quem conhece a Dani sabe como isso é raro). Daí pra Munique e pra Oktoberfest foi um milésimo de segundo!

Então, a chegada em Munique foi mais uma daquelas complicadas... A rua já estava lotada de gente, aquele monte de "alemões e alemoas" vestidinhos bonitinhos a caminho da festa.
Conseguimos achar nosso hotel com facilidade, o que foi difícil foi achar uma vaga pra "máquina" no estacionamento (era um mini Iguatemi, quase tive um ataque claustrofóbico). Finalmente, no 6o. e último andar, rolou uma vaguinha... Ufa!

No check in no hotel, mais uma surpresa: devido a ameaças terroristas, teríamos que abrir a mala para um segurança checar.
Gente, era uma mala já de 10 dias... tava beeeem bagunçada, com roupas íntimas voando pra todos os lados! Mas, vamos lá... Segurança é segurança, certo?
Aí veio o momento segurar o riso histérico: o senhor responsável pela revista, muito sério e compenetrado, simplesmente colocava a mão por cima da mala aberta e fechava os olhos... Uma coisa meio Medium, meio Dead Zone, meio sobrenatural. Eu, fazendo mil piadinhas pra disfarçar o costrangimento daquela bagunça generalizada e ele maior concentrado... Medo!

Corremos pro quarto, nos arrumamos rapidinho e saímos ansiosas pra festejar.
Chegando na festa, caminhamos um pouco pelo lado de fora, olhamos as barracas e rimos com os trajes típicos. Logo depois, o desbunde: entramos no primeiro galpão.
A sensação é indescritível! Aquela grandeza, a música, a luz, as garçonetes passando carregando várias canecas ao mesmo tempo, as pessoas subindo nos bancos pra dançar, os brindes... e a melhor lembrança: aquele cheeeeeiro de cerveja!
(((Preciso deixar claro que eu odeio cerveja em qualquer outra situação, ok? Mas lá eu amo com todas minhas forças.)))

Sei que ficamos andando por todos os galpões, uma caneca em cada um. Descobrimos o que tocava menos música alemã e ficamos por lá. Aliás, aqui cabe um parênteses: eles têm loucura por duas músicas já meio passadinhas: Hey Baby e Angel, do Robbie Willians. Tocam em TODOS os galpões, a toda hora... impressionante!

O ponto alto, além do tradicional Ein Prosit (em que todo mundo levanta a caneca e brinda como se não houvesse amanhã), era uma música que eu achei que NUNCA fosse conseguir encontrar, mas consegui! Chama So a Schoner Tag. Eles fazem umas dancinhas muito engraçadas (como a gente no Na Mata), me matei de rir lá e estou me matando de novo agora. Pior que gruda na cabeça e cantar em alemão ainda não está entre as minhas habilidades!

No segundo dia de Munique, tínhamos o grande compromisso: ir buscar a Helena no aeroporto.
Então de manhã, demos umas voltas pelo centro da cidade, vimos o tal do espetáculo da Marienplatz, o Glockenspiel. O centro lá é lindo, várias lojas legais e ruas só para pedestres.


Depois de uma passada básica na Theresienwiese (a "praça" da Oktober), compramos um tíquete de metrô que nos dava direito a várias viagens e fomos até o aeroporto.
Desnecessário comentar limpeza, organização e pontualidade do transporte público, né?
Então tá...

O capítulo da chegada da Lê e dos dias seguintes fica pra próxima.
Vale um post especial, de qualquer maneira...

O que deu muito certo?
A dieta alemã. Eu provei que posso viver com base em 4 ingredientes essenciais: salsicha, cerveja, batata e mostarda. Juro. Desde o café da manhã. Funciona que é uma maravilha. (E, por favor, aquela alergia violenta que eu tive dias depois não teve nada a ver com isso, tá?)
O frango assado da Oktober também é um arraso; o pretzel que combina perfeitamente com a cerveja, um sonho; os sanduíches das mais diversas salsichas, inesquecíveis.


O que deu muito errado?
Não ter feito reserva para os galpões. Como era o último final de semana, a festa estava lotadíssima. No último dia, inclusive, as portas dos galpões se fecharam às 16 horas e não entrava mais ninguém. Tivemos que ficar tomando cerveja do lado de fora mesmo.

Nota para a próxima viagem (em 2010, certeza)
Na verdade são duas:
- Ir mais pro começo da Oktober, como em 2008. Dá pra curtir com mais tranquilidade.
- Levar um vestido típico de alemã, ou comprar um lá. Acho que eu ia ficar maior simpática com ele!