quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Duduca

Ainda não consigo falar desse assunto.
Minha cachorrinha partiu e não tem um dia que eu não sinta a falta dela.
Mal consigo falar o nome sem provocar uma lágrima.
Ah, Yellow, demorei tantos anos pra enfim ter você comigo... Você, perfeitinha, engraçadinha, docinha.
Foram uns 20 anos esperando, 12 curtindo com você e agora 5 meses de saudade. Parece que faz mais tempo, tamanha falta.
Quero um carinho na madrugada e não consigo.
Eu vou assaltar a geladeira à noite e não tenho mais testemunha.
Chego em casa e não tem mais festa.
Quero andar e não tenho companhia.
Quero brincar e não te encontro.
Quero aquele amor incondicional e não tenho.
Queria você de volta.
Queria tanto...

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Roma?

É raro eu falar que não gostei de algum lugar que conheci.
Mesmo as cidades minúsculas, mesmo as cidades bagunçadas, mesmo aquelas em que só dei uma passada, sempre consigo identificar alguma coisa positiva, guardar afeto e vontade de voltar.

Roma é a exceção.

Me deixou com uma cicatriz de um tombo.
E só lembro da falta de calçadas.
Das pessoas grossas.
Do trânsito caótico.
E das multidões de turistas andando pra cima e pra baixo.



Mas não posso negar. É bellissima.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Le Déjeneur sur l´Herbe

As aulas de História da Arte foram um prazer.
A professora, uma figura inesquecível.
Fazer o trabalho foi uma diversão.
Minha foto ficou exatamente como eu queria.
E saber que essa foi minha primeira nota 10 da Pós me faz muito feliz!



Eu já estava imersa no mundo de Monet, passeando entre seus jardins em Giverny e recordando as aulas de História da Arte quando me deparei com essa cena tão discutida em sala de aula. Era um almoço na relva moderno, sem cavalheiros bem vestidos, sem jovens nuas, mas com uma formação familiar bem contemporânea que já não nos causa mais choque: a mãe, o filho e as babás.



A obra de Manet, “O Almoço na Relva”, recusada pelo Salão Oficial, foi apresentada no Salão dos Recusados de 1863. Retratando quatro figuras em um ambiente bucólico, uma mulher nua sentada sobre a relva junto a dois cavalheiros e, ao fundo, isolada, outra mulher, Manet desenvolveu uma composição que acentuava o efeito de profundidade, isolando três elementos fundamentais: no primeiro plano, uma natureza morta de colorido intenso; em seguida os três personagens sentados; por fim, ao fundo, um conjunto de elementos vegetais que cortavam a perspectiva e um riacho onde a segunda jovem se banhava.

Outro elemento a ser destacado é o olhar direto e desafiador da mulher nua para o espectador. No caso da fotografia, o olhar vem, não intencionalmente, do menino que reparou na presença da câmera.

O quadro causou sensação quando exposto e foi hostilizado pela crítica, que dizia que Manet deveria aprender a pintar em vez de procurar a fama através do escândalo. Segundo Napoleão Bonaparte, seria “uma afronta ao decoro”. Não foi reconhecida pela crítica a alusão de Manet aos elementos e composições de outras obras de arte clássicas, como o Concerto Campestre de Giorgione e o Julgamento de Páris, de Raimondi.

O que mais me encanta nas obras de Manet é justamente o uso dos elementos clássicos sem a obrigatoriedade da erudição. O Almoço sobre a relva, mesmo cercado de discussões, consegue transmitir um ambiente de paz e tranquilidade, que vemos refletido também na minha fotografia. É um conforto saber que ainda existem momentos assim, não é?


Giverny? Amanhã? Vamos?

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Adele

Essa também cai bem:



No, there's nothing that I wouldn't do to make you feel my love...

Inspiração

Pois é... depois de longo, tenebroso e rigoroso inverno de sentimento, eis-me aqui, sorrindo pra tudo, sorrindo pra vida, sorrindo pro amor. Estranho, né? Mal me reconheço.

Milagre? Destino? Acaso?
Não sei... Acho que é melhor deixar sem explicação, sem razão, sem nome, sem limite.

Sei que encontrei uma inspiração. Uma inspiração que não vem do sofrer, que não vem das lágrimas, que não vem de noites solitárias em claro... Vem da paixão.

Uma inspiração inédita. Que de tão surpreendente, inspirou minha vida como um todo: mudou meus planos amargos e minha cara amarrada. Sumiu com meu medo da noite, com meu mau humor da manhã. Aniquilou a minha amargura. Me fez melhor. Me faz feliz. Me faz acreditar nos dias felizes. Me faz acreditar.

Me faz querer morar pra sempre num abraço.
Me ensina a parar o tempo em um beijo.
Me inebria com seu perfume.
Me faz sorrir, rir, gargalhar.
Me emociona com as palavras mais doces.
Me entende num olhar.
Me delicia.

Exagero? Pode ser... Eu sempre fui mesmo exagerada. Mas dessa vez não inventei um amor, não roubei rosas. Sei que ele está ali. Sinto como nunca senti. Uma certeza que às vezes apavora de tão certa.

A história é linda pra contar (um dia eu conto aqui). Mais linda ainda pra viver.

Hoje eu sei e ele sabe quanto amor nós guardamos.
Só tinha de ser com ele. Só tinha de ser comigo.
E, no que depender de mim, será.



Agora, além de escrito na minha testa, está escrito no meu blog.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Engraçado que até pouco tempo ele nem existia.
Agora quem quase não existe sem ele sou eu.

Preparem-se para posts melosos a seguir.
Ele saiu de férias e eu só vou pensar nisso pelos próximos vinte e tantos dias.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

#nowfeeling

O interessante é que há tempos não me sinto tão livre para ser eu mesma com alguém. Sem jogos, sem mentiras, sem querer ser o que não é.

O que é um pouco controverso é que eu me sinto tão dele que é como se sempre tivesse sido assim, como se o coração só estivesse esperando a chance de acontecer.


- Posted using BlogPress from my iPhone

sábado, 7 de maio de 2011

As nossas missões impossíveis

... Aí você acorda bem cedo no sábado, junta duas amigas e vai arrombar a porta do apartamento de uma terceira, perdida desde o fim da tarde de sexta.



A irmã da vítima, de férias em Miami, já não dorme. Provoca, coordena e acompanha em real time o andamento da missão.



Depois de interfonar sem resposta, você resolve ligar para a polícia, determinada e preocupada. É nessa hora que toca um outro telefone, e enfim a desaparecida aparece inteirinha, linda e loira, vestida e maquiada, porém sem bateria no celular.



Acabamos todas rindo e chorando na padaria da esquina, comemos um pão na chapa, tomamos uma coca gelada e segue o sábado.


Essa agora é mais uma das nossas histórias inesquecíveis, pro livro de loucuras que um dia a gente há de escrever.

É muito amor, minha gente! Muito!

terça-feira, 3 de maio de 2011

quarta-feira, 23 de março de 2011

Conto

Era uma vez uma menina que vivia de lembranças. Um dia, porém, ela resolveu esquecer. Resolveu diminuir tudo que parecia tão grande, resolveu tirar o mistério dos acontecimentos e o romance da vida. No fim da noite, se juntou à amiga de infância e sentou numa lanchonete que há anos não frequentava. Entre as mesas vazias, discursou longamente sobre estar desacreditada do amor. Afirmou sem mentiras que estava bem assim. Estava realmente gostando do novo equilíbrio emocional. Então, entre um gole e outro, entre uma revelação e outra, entre uma besteira e outras tantas, seu olhar é atraído para a porta e ela pensa "esse seria meu tipo genérico". Em uma fração de segundo, ela percebe que não é um genérico qualquer, que é o original, o definitivo, aquele que nos últimos tempos mais se aproximou do que ela entende por amor. Sim, era ele. O que a encantou, conquistou, mudou os padrões (sem lembrar que também foi aquele por quem ela perdeu tantas lágrimas, aquele que ela procura em todas as pessoas, quase todos os dias). Prontamente ela se levantou, se jogou naquele abraço, lutando pra manter as pernas firmes, lutando pra não derreter ali mesmo, naqueles braços. Trocaram poucas palavras banais, alguns olhares e sorrisos. Ela voltou pro seu sofá, ele foi pra sua mesa. E no meio daquele vazio, no meio daquela madrugada, os sonhos todos voltaram. O coração pulou no peito e ela guardou as lágrimas para quando entrasse no carro. No caminho de casa ficou impossível não acreditar em mistério, em romance, em sinais. Ficou impossível não acreditar naquele amor tão palpável que pesava o ar. Abriu a janela e jogou fora todas aquelas teorias amargas, toda desesperança, toda decepção. E ao deitar a cabeça no travesseiro, sentiu de novo aquele perfume que ela conhecia tão bem. E sonhou.

Essa é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

domingo, 20 de março de 2011

Sempre Clarice

Meu Deus, me dê a coragem

Meu Deus, me dê a coragem
de viver trezentos e sessenta e cinco dias e noites,
todos vazios de Tua presença.
Me dê a coragem de considerar esse vazio
como uma plenitude.
Faça com que eu seja a Tua amante humilde,
entrelaçada a Ti em êxtase.
Faça com que eu possa falar
com este vazio tremendo
e receber como resposta
o amor materno que nutre e embala.
Faça com que eu tenha a coragem de Te amar,
sem odiar as Tuas ofensas à minha alma e ao meu corpo.

Faça com que a solidão não me destrua.
Faça com que minha solidão me sirva de companhia.
Faça com que eu tenha a coragem de me enfrentar.
Faça com que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir
como se estivesse plena de tudo.

Receba em teus braços
o meu pecado de pensar.

Clarice Lispector

sempre ela...

quinta-feira, 17 de março de 2011

Quiroga

Hoje é um daqueles dias em que tenho certeza que o Quiroga mora aqui em casa.
Mais adequado impossível. Exatamente como estou me sentindo.

"Em muitos aspectos sua alma está sozinha nesta parte do caminho, não porque careça de companhia, mas porque ainda é difícil compartilhar com alguém a verdadeira natureza dos sentimentos processados intimamente."

www.astrologiareal.com.br

domingo, 13 de março de 2011

Sim, são tempos difíceis.
São decisões sem certeza.
Tristes constatações.
E medo, muito medo.
Medo de errar, medo do que vai dar, medo de arrepender, medo de demorar.

Deus, me dá forças pra passar por tudo com sobriedade.
Coloca ao meu lado as pessoas certas.
Coloca na minha mente o caminho certo.

Enquanto isso eu guardo a dor.
Guardo cada uma daquelas conclusões que não quero tirar.
Guardo cada um dos pensamentos que eu não posso colocar em palavras.
Tenho medo de soltar algum e perder o controle.
Tenho medo de passar dias chorando sem parar.
As poucas lágrimas que escapam estão no escuro, no silêncio, abafadas no travesseiro.

Enquanto isso eu como a ansiedade.
Como com pimenta.
Como de madrugada.
Como chocolate de sobremesa.
E arrumo mais um problema.
Aquele velho problema.

Queria fechar os olhos.
Queria acordar do pesadelo.
Queria passar no fast forward.
Ou quem sabe voltar no tempo.
Esse agora me apavora.

terça-feira, 8 de março de 2011

Consideração

Esse texto da Tati Bernardi é perfeito em incontáveis trechos.
Por pouco eu não acho que nos apaixonamos pela mesma pessoa.
Por pouco não fui eu quem escreveu esse texto.

***

Consideração

Já tinha um mês e resolvi ir nessa festa com cara de festa que você vai. Toda pessoa de cabelo cheio que entrava eu achava que era você. Assim como acho quando estou na rua, no supermercado, na fila do cinema, dormindo. Virei uma caçadora de pessoas cacheadas. Virei uma caçadora de você em todas as pessoas. Então você chegou na festa. E eu apenas sorri e sorri e sorri. Porque era isso. Eu queria te ver apenas. A dor numa caixinha embaixo dos meus pés e eu mais alta pra poder te abraçar sem dor, perto da sua nuca e por um segundo. Eu te acho bonito de formas tão variadas e profundas e insuportáveis. Eu vejo você parecendo um leãozinho no fundo da festa. Suando e analisando. O rei escondido escolhendo a presa que não vai atacar. Com sua eterna tristeza cheia de piadas afiadas. Suas facas afiadas de graças para defender as tristezas que nadam baixas nos seus olhos de quem não quer fazer mal. Mas faz. Seus olhos. Em volta um riozinho melancólico e no centro o sol feliz e novinho chegando. E tudo isso vem forte como um soco de buquê de flores de aço no meu estômago. E eu quero ir até você e te dizer que eu sei que você desmaia quando faz exame de sangue. E como eu gosto de você por isso. E como eu queria tirar todo meu sangue em pé pra você jamais cair. E como eu gosto de você por causa do e-mail que você mandou pro seu amigo com problemas. Como gosto quando você lembra de alguém e precisa demonstrar naquela hora porque tem medo da frieza das suas distrações. Suas listas de culturas e atenções. Os vasinhos. Os vasinhos coloridos da cozinha me matam. A história do milagre que te salvou da queda da estante. Você arrepiado falando em anjos. Essas suas delicadezas em detalhes dormem e acordam comigo. Acariciam e perfuram meu peito vinte e quatro horas por dia. Uma saudade dos mil anos que passamos, ou das três semanas. A loucura de gostar tanto pra tão pouco ou simplesmente a loucura de tanto acabar assim. Fora tudo o que guardei de você, me restou a consideração que você guardou por mim. Sua ligação depois, quando me encontra. Sua mão estendida. Sua lamentação pela vida como ela é. Sua gentileza disfarçada de vergonha por não gostar mais de mim. A maneira que você tem de pedir perdão por ser mais um cara que parte assim que rouba um coração. Você é o mocinho que se desculpa pelo próprio bandido. Finjo que aceito suas considerações mas é apenas pra ter novamente o segundo. Como o segundo do meu nariz na sua nuca quando consigo, por um segundo, te abraçar sem dor. O segundo do seu nome na tela do meu celular. O segundo da sua voz do outro lado como se fosse possível começar tudo de novo e eu charmosa e você me fazendo rir e tudo o que poderia ser. O segundo em que suspiro e digo alô e sinto o cheiro da sua sala. Então aceito a sua enorme consideração pequena, responsável, curta, cortante. Aceito você de longe. Aceito suas costas indo. Aceito o último cacho virando a esquina. O último fio preso no pé da minha cama. Não é que aceito. Quem gosta assim não come migalhas porque é melhor do que nada, come porque as migalhas já constituem o nó que ficou na garganta. Seus pedaços estão colados na gosma entalada de tudo o que acabou em todas as instâncias menos nos meus suspiros. Não se digere amor, não se cospe amor, amor é o engasgo que a gente disfarça sorrindo de dor. Aceito sua consideração de carinho no topo da minha cabeça, seu dedilhar de dedos nos meus ombros, seu tchauzinho do bem partindo para algo que não me leva junto e nunca mais levará, seu beijinho profundo de perdão pela falta de profundidade. Aceito apenas porque toda a lama, toda a raiva, todo o nojo e toda a indignação se calam para ver você passar.

***

É, eu ainda penso em você.
E não, não tenho medo do tempo.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

The Good Husband


Essa semana tive que adicionar mais um nome à lista das minhas séries prediletas.

Assumo que não tenho sido uma sériemaníaca muito responsável nessas últimas temporadas. Deixei pra trás algumas séries que acompanhava freneticamente e resolvi dar uma segunda chance a algumas que não me interessaram de cara.

Esse foi o caso de The Good Wife.
Quando começou, eu tentei assistir a um, talvez dois episódios, porém o cenário político não me interessou, pareceu tudo americano demais, forçado demais, lento demais.
Em algum desses domingos de tédio, acabei pegando uma maratona no Universal Channel e assisti a alguns episódios da primeira temporada.
Surpresa.
Gostei.

De lá pra cá, baixei toda a 2a temporada e já assisti 12 dos 14 episódios.
A parte política ainda está lá, mas com foco menor.
O que eu gosto mesmo é dos advogados, tribunais, julgamentos e casos complicados.

Essa temporada ainda teve a sensacional participação do Michael J Fox em dois episódios. Ele é muito bom!


Agora só mais uma questão... Será que o Mr. Big é parte do que me atrai nessa série?


-Abso-fucking-lutely!



quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Keane

Duas daquelas músicas que mexem comigo pra caramba...

Lindas, sensíveis, reais.






E cabem perfeitamente no agora.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Espontaneidade


Morro de medo dessas tentativas racionalizar e disciplinar minha arte.

Sou da poesia!

Quero liberdade...

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Na verdade a grande conclusão que tenho tentado não ver é a seguinte: preciso procurar a felicidade em novos lugares, os lugares habituais se tornaram ambientes inóspitos, inabitávies.

O problema agora é saber onde procurar pra depois pensar em depositar.

A resposta mais fácil é procurar aqui, dentro de mim. Mas aqui dentro está uma bagunça daquelas que dá medo de mexer. Dá medo de mexer e descobrir uma encrenca maior do que se imagina.

imagem de Elizabeth Gadd