segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Lembro, lembro, lembro.

É, tinha que ser o seu aniversário pra criar a necessidade de escrever de novo.
Tinha que ser o 6 de dezembro pra eu perder a vergonha e dar as caras no blog.
Tinha que ser domingo. Tinha que ser madrugada.
E aí, com fundo musical, surgem as lembranças e as palavras se atropelam.

Se eu disser que eu lembro do primeiro dia de aula, do primeiro olhar trocado, da pele bronzeada, do moleton branco, da mancha, dos olhos verdes, você acreditaria?
Eu lembro de ser apresentada na aula seguinte, sem querer. Lembro de você invadindo a rodinha das minhas amigas pra me dar oi no dia seguinte, me surpreendendo absurdamente. Lembro da palpitação.
Lembro da expectativa pras aulas de educação física, lembro daquele abraço em que eu me perdia, lembro do cheiro, da textura do cabelo. Lembro de te dar colo. Lembro de te procurar em cada recreio. Lembro da alegria que era encontrar teus olhos em meio à multidão.

Lembro da sua presença em casa, lembro da gente fazendo filminhos pras aulas de religião. Lembro que a gente era sempre o casal que interpretava os pais. Lembro de segurar tua mão embaixo da mesa. Lembro de dar aqueles pulinhos sutis no sofá pra chegar mais perto. Lembro da inocência.

Lembro da tua alegria que muitas vezes se confundia com loucura. Lembro de você cantando marchinhas de carnaval. Lembro de você cantando Rita Lee.
Lembro das excursões, de você com ciúmes. Lembro da gente no teleférico.
Lembro de matar a aula da tarde pra ficar com você no corredor gelado do laboratório. Lembro de querer quebrar todas as regras.
Lembro das cartas, dos bilhetes, das ligações, das visitas, das brincadeiras.

Lembro de tantas promessas, de tantas palavras.
Lembro de querer resolver todos seus problemas, de querer te levar comigo pro mundo, pra sempre.
Lembro da ansiedade de revelar o filme que tinha sua foto. Lembro como a carregava comigo pra cima e pra baixo. Lembro que era minha inspiração. Lembro do porta-retratos do seu quarto.

Lembro como eu fui embora e como foi difícil ficar longe.
Lembro como o tempo passou rápido e, de repente, eu lembro de te perder de vista.

O tempo passou e eu só na lembrança...

Aí eu lembro bem da decepção. Da dor. Lembro bem do dia, de atender o telefone achando que você ia mais uma vez me salvar. Lembro de sentir o chão fugindo dos meus pés. Lembro do meu peito apertado e lembro de procurar por ar e não encontrar. Lembro direitinho onde estava. Lembro cada palavra que você falou, que eu falei.

Lembro de um tempo prolongado de não poder lembrar de você.

Lembro de uma pista, de um email. Lembro do pretexto de um reencontro, que dentre tantos presentes e saudosos, eu só queria saber de você.
Lembro que quando te vi de longe, entrando no bar, lembrei de tudo e senti meu coração pronto pra sair pela boca.
Lembro do papo, das amenidades, das desculpas. Mas lembro de sentar perto, lembro dos olhos nos olhos.

E aí que passou mais tempo, e eu nem lembrava mais.

Mas aí foi a sua vez. Você apareceu sem querer na minha casa. E eu lembro que cheguei lá sem saber. Isso foi outro dia, mas eu lembro como se fosse ontem o impacto no peito de te ver ali, de costas, ao meu alcance. Lembro da roupa, do cheiro, do lugar, da boca seca, das pernas bambas.

Lembro que aquele abraço me levou pras nuvens. Lembro de trocar olhares. Lembro de me cobrar segurança pra agir. Lembro do desespero que era não te deixar escapar. Lembro perfeitamente do momento que antecedeu o beijo. Lembro de esperar 16 anos. Lembro de perder meus dedos entre os seus cabelos. Lembro da sua mão firme na minha cintura. Lembro das nuvens.

Depois de um tempo, eu lembro de cair.

Lembro de prometer não pensar mais em você.

Mas hoje essa promessa eu fiz questão de esquecer.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Meu passeio predileto

E quando eu vejo, já faz quase um mês que eu não escrevo...
Mas outros meios têm tomado meu tempo. E ultimamente os textos ficam só na minha cabeça mesmo.

Tenho me ocupado bastante com pesquisas e planejamentos pra próxima viagem.
Fico tentando entender os mapas, calcular caminhos e planejar passeios que façam bem pra alma e rendam boas fotos.
Adoro mercados coloridos, jardins floridos, zoológicos e nesse quesito tenho um programa campeão: o Oceanário de Lisboa, que conheci em 2008.

Assim que entrei soube que seria inesquecível.
O ambiente azul, o silêncio sutil, a meia luz e até o cheiro de mar... tudo muito agradável.
Me apaixonei por mil bichinhos, morri de medo de outros tantos, tirei fotos lindas (que até hoje são meus wallpapers) e passei horas que pareceram minutos, passei horas em um mundo paralelo, que me distraiu, me encantou, me trouxe paz.

Abaixo algumas das fotos da jornada:






E aproveito pra pedir umas dicas: se você sabe de algum passeio assim em Beirute, Florença, Roma ou Paris, pode mandar! A agenda ainda está under construction!

Pequenos prazeres...

Ontem produzi conteúdo pra caramba...
Postagem no blog, filme pro YouTube, dezenas de emails, cartas pra mim mesma e, como sempre, muitos twitts.

Antes de dormir, porém, não queria computador nem caderno: fiquei com saudade da minha máquina fotográfica, então pulei dos lençóis e fui buscá-la para "brincar um pouco". Ela dormiu na cabeceira da cama.
E eu acordei com vontade de Fotografia.

Resolvi vasculhar as pastas antigas atrás de tesouros esquecidos... E não é que encontrei?
Foi um prazer sem tamanho dar de cara com as cores, as frutas, as texturas, os sabores...

Fotos tiradas no mercado de Barcelona, La Boqueria, em 2008:





Já estou reunindo dicas para a próxima viagem... Feiras, mercados, jardins e afins. Não vejo a hora!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

As minhas bandas

Me deu vontade de escrever sobre as minhas bandas do coração, aquelas que tocam lá na minha casa, que influenciam meu gosto musical e que me divertem barbaridades!!!!

Em ordem cronológica porque esses meus artistas são todos ciumentos, viu! Já levei broncas-possessivas demais. Hahahahaha!


Viva Noite


Histórico: Comecei a frequentar o Na Mata depois de longo e tenebroso inverno, depois de um namoro e noivado que me tiraram de circuito por 4 anos, então não posso negar que o encantamento pela volta às noitadas fez grande parte do trabalho aqui.

Lembro bem da primeira vez que fui. Lembro bem da surpresa que era a cada música do repertório, lembro bem do momento em que resolvi me entregar, prender o cabelo, cantar bem alto e fazer as dancinhas da infância que eu nunca esqueci.

Viva Noite foi minha religião por muito tempo. Mal acabava um sábado e a gente já estava contando os minutos pro próximo. Passávamos a semana em milhões de email-groselha, comentando os acontecimentos, trocando fotos, planejando figurino e revivendo cada momento.

Pessoas que ganhei no caminho: além das tantas pessoas que se reaproximaram, ganhei tanta gente que conviveu e ainda convive comigo. As meninas Clarissa, Maíra, Ana Helena, Fernanda, Raquel, Deinha. Os meninos Fernando, Rafael, Daniel, Leo, Bandani, Dudu, Caio, Herbert, Paulão. Sem contar alguns amores e infelizmente alguns desafetos, mas tudo muito divertido.

Momentos inesquecíveis: entre todos os concursos de dança, teve um aniversário da Clá que todas as meninas subiram ao palco, foi histórico. Também foi marcante o dia da última apresentação deles aos sábados, foram lágrimas e mais lágrimas que marcavam o fim de uma era.

Músicas que provocam descontrole: Linda demais, do Roupa Nova e Farofa, a música tema (eterna) de todo descontrole.

Variante: Acousticover


Frank Elvis & Los Sinatras


Histórico: Eles entraram nos sábados depois do Viva Noite, razão suficiente para que eu resistisse até a última gota a gostar deles. Felizmente não sou teimosa, e depois de uns 3 sábados já estava apaixonada. De cara o Junior (vocalista) percebeu nosso potencial destruidor e, quando eu vi, já estava em cima do palco com ele, ensinando dancinhas e realizando performances jamais imaginadas.

Sim, a especialidade deles é o jamais imaginado, é o surreal, é a loucura em sua forma mais pura. Já vimos tanta coisa naquele palco que até Deus duvida: tombos, danças bizarras, brindes, eu como dançarina, eu como cantora... Melhor nem enumerar!

Hoje eles são minha segurança, minha garantia de diversão aos sábados. Não tem erro.

Pessoas que ganhei no caminho: Dentre outros tantos, Daniel e Pri merecem destaque. Quando estamos juntos o show é sempre diferente, sempre especial, sempre melhor. Lógico que comecei não indo com a cara de nenhum dos dois (e a recíproca também era verdadeira), mas uma vez juntos, a sintonia e o grau de loucura etílica nos uniu. E o que o mojito une nada pode separar.

Momentos inesquecíveis: meus tantos aniversários comemorados com todo carinho no palco, os momentos surreais de papos sem pé nem cabeça pós-show e, pessoalmente, a atenção do Junior conosco. Não esqueço o dia em que cheguei no meu cantinho chorando e ele mais do que depressa se ajoelhou e segurou meu rosto pra me amparar.

Músicas que provocam descontrole: Psycho Killer, meu tema pessoal, Don't stop me now, que aprendi a gostar com eles, Hot and Cold e Pro dia nascer feliz.

Variante: Mavericks


The Soundtrackers

Histórico: Essa foi uma banda que infelizmente demorei pra conhecer. Mesmo com todo mundo sempre recomendando e garantindo que eu iria adorar, foi só em setembro do ano passado que assisti ao show. E que show! O repertório é impecável sempre, os músicos impressionantemente bons e os meus pés nunca mais foram os mesmos. Inclusive, se eu puder dar uma dica para quem nunca assistiu, vá vestindo um tênis, você não vai se arrepender.

Pessoas que ganhei no caminho: além dos meninos da banda que são incrivelmente adoráveis, veio a Ju (Sra. Nog, que eu adorei de cara) e a Cris Badaui.

Momentos inesquecíveis: o show que eu, Ju e Fê fomos em Itu, eu com roupa de chácara e tênis (o que me proporcionou muitas danças russas), a gravação do DVD e o primeiro show que eu vi deles depois que meu casalzinho predileto se formou, foi muito lindo observá-los.

Músicas que provocam descontrole: A pièce de résistance do primeiro show ficou marcada: That thing you do, que eu sempre amei porém nunca imaginei ouvir no Na Mata. Depois, criei uma loucura com The heat is on. Dizem as más línguas que eu grito muito quando percebo que vai começar. Más línguas.

Variante: Na Trave

Criei uma playlist no Youtube pra quem quiser começar bem o dia. Eu, depois de tantas lembranças, com certeza começarei.




Essa semana é bem provável que eu consiga ver minhas 3 paixões. Que bom motivo pra sorrir em plena segundona, não é?

Descobertas da semana

Bom, foi uma semana predominantemente introspectiva, de muita leitura, alguma pesquisa, e umas saidinhas ocasionais.

Como estamos naquele momento do domingo onde insônia e Morfeu entram semanalmente em atrito, resolvi dar uma resumida nas descobertas culturais da semana.

Comecei a semana fazendo aquela arrumação no quarto e refazendo, pela milésima vez, a "fila" de livros para ler. Dessa vez levei a sério e finalmente li o livro da Ju que estava comigo há anos: Através do Espelho. Li em uma tacada só. Comecei no fim da tarde, tive um break rápido para a sopinha da noite e voltei correndo pra terminar. É um livro lindo, sensível e cheio de imagens e analogias daquelas pra parar e pensar. Daquelas que mudam seu jeito de ver as coisas, de entender o mundo. É o segundo livro do Jostein Gaarder que leio, ambos por indicação da July. Devo admitir que o mais famoso, O mundo de Sofia, é um daqueles que está na prateleira dos empacados, mas creio que em breve conseguirei encará-lo novamente. Meu predileto continua sendo O dia do Curinga, cheio de enigmas e mistérios (Peixinho não revela segredo, mas pãozinho sim...).

Depois, resolvi ler um daqueles mil pocket books de capa colorida que eu comprei na Livraria Cultura: Thanks for the Memories, da irlandesa Cecelia Ahern, que também escreveu PS eu te amo (o livro e consequente filme que mais me mataram de chorar na história). Esse livro novo é bem mais leve, bem açucarado mesmo, às vezes até enjoa e resolvo pular uns capítulos. Logo logo termino, falta bem pouco para chegar ao final provavelmente previsível, mas sou persistente mesmo no erro: leio até o fim.

A supresa da semana ficou reservada ao meu passeio pelo shopping Ibirapuera numa dessas manhãs. Como eu e minha mãe não estamos saindo de casa ao mesmo tempo, para não deixar o mimadinho sozinho, fui eu a encarregada de verificar a possibilidade de aproveitamento da promoção da Stroke, loja preferida de Mami. Fiz especialmente para ela, um estrago daqueles entre regatas e camisetas deliciosas, porém esssa não é a surpresa. A surpresa é que eu incorporei realmente a Soninha, passei reto na Saraiva e fui me deliciar na Camicado. Alguém previa isso? Eu, JAMAIS! Enfim, foi assim, nenhum livro, jogo ou dvd comprados, porém uma série de potinhos de salada, frigideiras coloridas, panelinhas individuais para sopa e até uma chaleira desenhada (que eu achei a coisa mais linda do mundo).

Outra grande surpresa também foi o Clube da Comédia. Eu adoro rir, mas sou meio resistente à comédia, principalmente stand up... Tive lá umas experiências desagradáveis e nunca quis tentar de novo, porém na 4a, a Pri ligou me convidando e eu, louca para dar uma saidinha de casa, topei sem pensar duas vezes... Nunca imaginaria o que eu passei mal de rir nas horas seguintes. O espetáculo foi lá no Procópio Ferreira, vários comediantes, alguns claramente geniais, alguns a caminho e alguns bem manjados. Tirando a parte da Gordofobia (que eu nunca vi nem nunca verei graça), todos os outros temas foram bem interessantes, com destaque para o André Bernardes (que é o criador do Porteiro Zé) e o Léo Lins, que me fez chorar de rir.

Sexta-feira, acordei num pique cinematográfico e resolvi assistir a um filme atrás do outro, rezando para que o Telecine e a HBO cooperassem com o plano. No fim eles cooperaram. Acabei assistindo Coraline, que queria ver há tempos. Achei doce, infantil, descompromissado. Bom pra passar o tempo. Depois, não resisti a um pedaço de Breakfast Club, classicão 80, trilha sonora divertida, histórias inocentes e uma moda que dá gooooosto de ver (e saber que passou). Depois, peguei outro pela metade: O Pai da noiva II. É besta, sim, é Steve Martin, tem dobermans dormindo na cama, eu sei de trás pra frente, mas mesmo assim encarei e, pasmem, me emocionei no final (manteiga derretida é pouco). Para terminar, encarei The ugly truth, que eu sabia que seria idiota, mas gosto da Katherine Heigl por causa de Grey's Anatomy e gosto do Gerard Butler em qualquer circunstância.

Pra terminar, passei sábado e domingo sem colocar os pés pra fora de casa. Uma nuvem bem cinzenta baixou por aqui e eu não consegui fazer muito esforço para espantar (aliás, ultimamente, tenho me deixado vencer mais do que eu gostaria, mas isso é papo para outro post). Resolvi FINALMENTE começar a assistir Dexter, desde o primeiro episódio da primeira temporada. Cá estou, fazendo uma breve pausa durante o sétimo episódio da segunda. É o tipo de série que eu gosto, com gente louca, dificuldade de interação social, mistérios, crimes e inteligência. Não sei se vou conseguir parar de assistir tão cedo... Então boa noite, dominguite e boa semana para todos.

E que essa nuvem cinzenta vá embora de uma vez, por favor!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Blue

De vez em quando uma dorzinha de amor insiste em aparecer.

Quem chama é um perfume, uma camiseta igual a que ele vestia, uma expressão que ele usava, uma aparição surpresa, uma música na cabeça, uma história num livro, uma imagem esquecida no hd.

Eu sei que nenhuma lembrança pode mudar o rumo que as coisas tomaram, com nenhum deles inclusive, mas gosto dessa sensação, gosto da nostalgia, gosto de lembrar como foi, como me encantei, como tudo aconteceu...

Mesmo que depois venha um gostinho azedo, vale o sonho, nem que por um minuto, um segundo.


I thought you could...

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Preguicite

Tenho aqui nos rascunhos uns 4 posts começados, mas nesses dias de Einstein não tenho muita inspiração para sentar, escrever e terminar. Eu gosto de escrever na cama, a maioria dos posts daqui saiu daqueles momentos de luta contra o sono, com o note no colo e um monte de ideias na cabeça, só que ultimamente quando eu chego em casa capoto instantaneamente, não dá tempo nem pra flickr, nem pra blog, nem pra fazendinha que eu adoro...

Então, só pra não parecer que eu esqueço do blog, vou reeditar mais uma resposta do Formspring (que, como previsto, morreu). Escolhi um assunto bem... digamos feliz... pra alegrar a tarde e alimentar os olhos das meninas, pergunta feita pela caçulinha Quel: meu top 10 de beleza masculina.

Antes de tudo, eu sei que tenho um gosto meio bizarro e que muitos dos caras que eu acho o máximo são pouco conhecidos, mesmo assim, nos últimos anos, formalizei o "meu tipo", facilmente reconhecido pelas minhas amigas e família (e que pouco tem a ver com esses caras abaixo).


1) Bradley Cooper 2) Josh Holloway 3) Naveen Andrews
4) Jeffrey Dean Morgan 5) Kevin McKidd

Gente, num guento ir até o 10 nesse momento, tá?
Acho que já deu pra divertir um pouquinho!

Seus lindos!

domingo, 8 de agosto de 2010

Todo dia é dele



Parabéns meu amor maior, meu exemplo inatingível, meu super herói, meu chefe, meu apoio, meu ponto fraco, meu fotógrafo, meu incentivo, minha segurança, meu santinho, meu mimo, minha paixão suprema e eterna.



sexta-feira, 30 de julho de 2010

Grude

Sabe quando você ouve uma música pela manhã e quando se dá conta, às 18:11 ainda está no repeat da banda?

Então, hoje.
Então, La Roux.

E começou assim:



I'm going in for the kill
I'm doing it for a thrill
Oh I'm hoping you'll understand
And not let go of my hand

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Meu amigo, o consumismo

Um dia em New York meu pai me deu um chaveiro que gritava: I looooove shopping. Chaaaarge! - Achei o maior exagero, eu só compro o que eu preciso... Pena que eu preciso de TUDO, né?

Já me assumi como consumista mesmo, não adianta. Tenho fases totalmente controladas e fases de descontrole diário. Nesses dias tenho me encaixado mais no último caso.

Um dia vou dar uma olhada na Sacks e pronto... Descubro que lá tem o tal do prime que a Ju e a Rud me contaram que existia na semana passada. Pronto, compro. E compro mais um iluminador Dior e uns esmaltes da Revlon pra ficar um pedido mais divertido.


No dia seguinte, minha mãe termina de ler "O Cavalo de Tróia 5", pede pra eu comprar o 6 e eu logo coloco no carrinho do Submarino o volume 1 pra mim (eu adoro séries de livros).


Num fim de domingo recebo a mensagem da minha amiga de NY, falando que vem logo pro Brasil e perguntando se eu preciso de alguma coisa de lá... Ah, tem aquela bolsa perfeita da ONA que não entrega aqui, né? Hum.... Ok, ela vai trazer pra mim.


Hoje mal caí da cama e dou de cara com um post da Ju anunciando sua camiseta nova dos Soundtrackers. Eu, que estava esperando ganhar uma de presente da banda, ao ver a namorada do integrante comprando, resolvi comprar também.

Comprar é sempre divertido, mas na internet tem um gosto a mais... Adoro esperar pelo pacote, criar expectativa todo dia, abrir com calma quando chega em casa, conferir tudo com cuidado... Muito bom.

Por fim, pra acabar com essa lambança toda, preciso assumir meu novo vício: comprar aplicativos pro iPad. É muito muito muito difícil passar o dia sem adquirir nenhum. Socorro!

Alguém tem uma árvore de dinheiro por aí?

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Dom de cuidar

Hoje acabamos de voltar de mais uma temporada no Einstein, bem longa inclusive, 18 dias dessa vez.
Pelo tempo prolongado, hoje vi (e vivi) uma cena que até hoje não achava possível.
Achei que sair do hospital era só alegria.
Achei que os profissionais de saúde estavam acostumados com o vai e vem dos pacientes.

Desde sábado estamos no "clima de alta". A médica responsável pelo "milagre" foi se despedir de nós no sábado. Ela desejou boa sorte, deu um abraço e, com a voz meio embargada, foi embora sem olhar pra trás. Foi bom que ela não olhou. Ia encontrar tanto eu quanto meu pai chorando, sem saber ao certo se tínhamos agradecido o suficiente. Sem saber ao certo se há como agradecer o que ela fez por nós.

Os outros médicos se despediram com menos emoção, talvez por serem "durões" ou por saber que em breve nos veremos nos consultórios da vida para os retornos.

Mas a cena de hoje foi do posto de enfermagem.
Quando finalmente acabaram as medicações e finalmente tiraram o cateter, quando finalmente ele vestiu suas roupas (e seus sapatos), quando enfim o "transporte" veio buscar meu pai com a cadeira de rodas e ele cruzou a porta do quarto com um suspiro profundo, toda a equipe que cuidou tanto dele parou o que estava fazendo e se colocou no caminho para se despedir. Algumas das meninas choraram, o que nos fez chorar também. Emocionou até alguns auditores que pararam por um segundo de olhar para os papéis. Emocionou quem levava a cadeira e quem levava o carrinho com as malas. Ficamos todos sem palavras. E é isso, por mais que eu diga, que eu olhe no olho, que eu mande presentes, nunca poderei agradecer o carinho com que meu pai foi tratado por essas pessoas. Admiro mais do que nunca o dom que elas têm de se doar, de doar seu tempo, sua atenção e seu carinho.

Nunca vou esquecer do Javan, que parecia um escudeiro fiel, do Valentin e sua disposição infinita, do João e seus olhos claros (prontos pra aparecer no Grey's Anatomy), do Edimilson e sua voz doce dando bom dia, do Fabrício e seu ânimo, da Viviana e toda sua doçura, da Luciana e sua eficiência, da Giovana boneca, da Carol e seu riso fácil, da Renata e seu carinho (e sua emoção), da Eva e sua segurança nos nossos momentos de desespero, enfim... Eles têm todo meu respeito e toda minha gratidão. Pra sempre.

Parabéns a todos os profissionais da saúde. A atividade de vocês é a mais louvável.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Profissão Filha Única

Quando eu era criança, não tinha nenhum amigo filho único, mesmo assim nunca fui traumatizada por não ter irmãos. Meus primos e minhas amigas sempre supriram minha necessidade de companhia.
Hoje já conheço praticamente um clube de filhos únicos, todos bem resolvidos e devidamente mimados, é claro.

Sim, mimada mesmo, não tenho por que esconder. E depois de tanto mimo recebido está na hora de retribuir. Para o papai, dedico os horários das refeições, servindo-o com todo amor e toda paciência, convencendo-o a comer mais um pedacinho de bife, mais um gole de suco ou mais uma colherada de sopa insossa. Nos intervalos, muitos beijinhos, passeios pelo mundo no Google Maps e fotos, muitas fotos para ver.

Para a Sonoca, é bem diferente. A fortona não me deixa ajudar muito, tenho que disfarçar levando um lanchinho aqui e outro ali, pegando capuccinos para viagem, convencendo-a a dar umas voltinhas pelo hospital e velando seu sono vespertino.

Paralelamente, nossa secretária de casa tirou férias, então ainda assumi mais algumas funções, de organizar a casa, limpar geladeira, arrumar o quarto antes de sair, providenciar minhas refeições, pagar as contas, resolver onde fica a cachorra, levar e trazer roupas e tals.

Não satisfeita, resolvi aproveitar a ausência dos moradores da casa e realizar uma pequena reforma, substituindo o velho carpete por um piso melhor. Isso acarretou uma série de outras decisões, como providenciar faxineira, faxineiro, caçamba pra levar o lixo, eletricista para arrumar a parte elétrica... Ufa!

Há épocas em que ser filha única vira meu full time job. E que job!

Os dois foram ótimos filhos e não merecem menos que a minha total dedicação.


Super filha, ativar.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Resumo da copa...

Essa foi, com certeza, a copa a que eu mais assisti, mais curti, mais torci.

Infelizmente não pudemos curtir a disputa do terceiro lugar e a final do jeito que desejávamos. Assistimos aqui no Einstein, quietinhos, meio assustados, com a mente vagando e não concentrados nas nossas poltronas como era de costume. Mesmo assim, posso falar que fiquei feliz com o resultado.Adorei o Uruguai, mas nunca vi um time tão "matador" quanto a Alemanha, eles mereceram o terceiro lugar.

Na final estava torcendo para a Espanha mesmo, odiei o jeito kung-fu desestabilizador da Holanda. Peguei raiva daqueles caras.

Outra ENORME vitória para nós, que podemos comemorar agora que a copa acabou: não assistimos a UM jogo sequer na Globo. Fomos de Band, foi excelente. A voz do Galvão é uma poluição auditiva, credo! Prefio mil vezes ouvir as abobrinhas do Neto e do Edmundo.Ontem coloquei na Globo uma única vez, para ver o Ronaldo na Central da Copa. Por ele vale, vai.... E o Thiago Leifert é ótimo, é a salvação.

Agora que acabou, deu um vazio. E já sinto saudades das tardes em casa e de assistir a 3 jogos na sequência. Foram dias muito gostosos. E hoje, daqui do hospital, parecem especialmente felizes.

Enfim, um breve resumo, para que eu não me esqueça de todas essas conclusões até 2014:

-> Aprendi a amar



-> Aprendi a desgostar fortemente:

Em 2012 tem Eurocopa e em 2014 tudo de novo!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Amsterdam

Hoje a Pá postou uma montagem de fotos pra lembrar da Holanda, nossa adversária de amanhã. Fiz um comentário tão legal que virou post.


Eu quero chegar depois da viagem de trem mais traumática da vida, ser enganada pelo taxista, encontrar o melhor quarto de hotel da viagem, sair a pé sem destino, achar que a casa toda aberta era uma loja, jantar num restaurante italiano cuja garçonete parecia a Kika, ir até o Red Light District pra ver qual é, achar graça, depois ficar meio deprê.
Quero me perder entre as ruas estreitas, entrar num coffee shop qualquer, observar mais do que agir, atacar de riso, comer batata no cone na volta, quase ser atropelada 5.321 vezes por bicicletas.

Quero ir de novo na casa da Annie Frank, só pra lembrar mais uma vez de como o homem pode ser cruel, e perceber que não existe problema algum na minha vida.
Quero almoçar no Mc Donalds, me assustar com sanduíches estranhos, fotografar os montes de barcos-casa e me encantar com as bancas na rua que vendiam aquele monte de tulipas maravilhosas. Quero perder a noção do tempo no museu Van Gogh, me deixar levar pela história e pelas cores, depois andar até a fábrica da Heineken só pra descobrir que está fechada pra reforma.

Ah, como é bom viajar, heim... Quanta lembrança boa isso me trouxe!
Loviu, baby! Thanks for being there with me!

Até a próxima...

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Fanática


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Upload feito originalmente por adidasnewsstream
Hoje não tem jogo. Amanhã também não.
Estou sentindo um vaziiiiio...

Engraçado, assistir a essa Copa tem sido especialmente divertido.
São manhãs e tardes no sofá gostoso, ao lado dos meus pais, com comidinhas gostosas e risadas mil.
Me sinto um "moleque", que fica zapeando o dia todo entre mesas redondas e quadradas. Assisto até o Milton Neves. A tv já se esqueceu de qualquer canal que não seja Band, ESPN e SporTV.

Quando começaram os jogos, eu estava torcendo pra um time de cada grupo (quando não mais). Agora, muitos dos meus queridos já foram pra casa, inclusive Itália e Portugal, responsáveis por 50% do meu DNA.

Agora, sobraram os poucos e bons. Torço muito para o Brasil, fico com frio na barriga e perco a voz, mas tenho que assumir que quem ganhou meu coração nessa copa foi esse senhor aí. Esse ex-jogador, ex-cheirador e técnico atual da equipe dos hermanos. A paixão dele pelo jogo, pela bola e pelos jogadores é inspiradora.
Ter personalidade é isso, é assumir um amor impossível, jamais imaginado. Ter personalidade também é mudar de ideia. E por ele eu tive que me render! Pra mim ele é A figura da Copa.

Estou ansiosa pra sábado... Ainda não sei se vou torcer por essa paixão ou pela Alemanha, só pra poder comemorar com eles na Oktoberfest.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Last Chance Harvey

Ontem descobri como assistir no iPad a filmes que estão no meu computador e resolvi testar com esse, que estava há tempos esquecido, porque eu tinha baixado no formato errado pro meu player (mkv).


O filme é adorável. O Dustin Hoffman, fantástico como sempre, e a Emma Thompson com aquele jeito meio distraído e desengonçado com o qual sempre me identifico.

Sim, é um filme de amor... É a Last chance pro Harvey e, em português, Tinha que ser você.
Até o meio do filme eu estava bem fortona, depois umas lagriminhas surgiram, e quase no final, veio o soluço, com a seguinte frase dela, que serve tão bem pra mim:

"I think I'm more confortable with being disappointed. I think I'm angry at you for trying to take that away"



Para quem não viu o filme, o trailer.

Lindo, doce, recomendado.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Minha metade portuguesa, com certeza

Portugal para mim foi aquela grande surpresa.
Fui pela primeira em julho de 97, com 18 anos, quando só queria saber de Ny, Ny e Ny.
Meu pai, por outro lado, sempre quis me levar para lá, para conhecer nossas origens, para procurar parentes, para homenagear a memória da vó Carolina.

Estive lá também em 2007, com Dani e Helena e em 2008, com Pá, Rud, Gabi e Rodrigo.
Em todas as visitas fui muito feliz.

Meu amor pelas cidades, pelas ruelas e pelos castelos só cresce.
Lisboa está entre as minhas 3 cidades prediletas do mundo.
Já me acostumei com o jeito português. Já aprendi até a comer bacalhau.

E hoje, torci loucamente e gritei com paixão por cada um dos SETE gols feitos contra a Coréia do Norte.
Não sei como farei na 6a, quando jogarão Brasil e Portugal, mas por enquanto, vou deixar minha origem tomar conta...


Porque eu sou Mendes, sou Caetano, sou Sobral, sou do Alto Trás-os-Montes, de Vila Real!!!! Hoje a minha alegria foi além-mar.. Vai, Portugal!
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quinta-feira, 10 de junho de 2010

01:22

E a minha grande vitória é pensar em você e não sentir mais as lágrimas no canto dos olhos.




segunda-feira, 7 de junho de 2010

Leve, leve, leve...

Hoje finalmente ficou fácil rir.
Foi um processo que começou no final de semana passado, com a The History, a baladinha no Coobee, o show do Aero e o almoço de domingo com a Pá.
Culminou nesse sábado, com um daqueles Na Matas que ficam para a história.
E resultou numa segunda-feira hilária. Cheia de riso, cheia de lembrança boa e, acima de tudo, LEVE.

Não sei como, mas os drinks de sábado me trouxeram uma clareza que estava em falta.
Consegui ver com outros olhos o que estava me deprimindo em looping eterno e finalmente exorcizar uns fantasmas desagradáveis.

Consegui ver com olhos felizes.

A vida vai bem, deliciosamente bem.
E é divertida pra caramba!

I'm back!

Perfil

Como hoje ainda estou com preguicinha de escrever, aí vai um perfil meu que escrevi há um tempo atrás e que encontrei salvo na faxina da caixa de entrada.
Quase tudo ainda se aplica... Só fiz pequenas observações...


Algumas coisas que talvez você deva saber sobre mim (se é que já não sabe):

Meus pais são minhas paixões absolutas, minha vida, minha razão, meu tudo.

Sou das artes. Tento exaustivamente me convencer disso. Já Me convenci. Chega de lutar.

Sonho acordada frequentemente.

Sou extremamente apaixonada pelos meus amigos. Novos, antigos e eternos. Tenho amigas da vida e não há o que eu não faça por elas.

Sou nostálgica. Gosto de fotos antigas e de relembrar as histórias.

Choro fácil. Com lembrança, com tristeza, com felicidade, com filme, com propaganda, no meio da rua, na balada. Não tem hora e não tenho controle...

Me divirto mais fácil ainda. Tenho plena convicção que com as pessoas certas do lado todo lugar vira o melhor lugar do mundo.

Me apaixono e desapaixono com muita facilidade.

Sou espontânea.

Quero curtir todo momento possível ao lado de quem eu amo. Não quero perder nem um só minuto.

Me dedico. Abraço tudo com paixão.

Já acreditei no "viveram felizes para sempre". Mas vem ficando cada vez mais difícil de acreditar. Agora eu acredito em surpresas, acredito em reviravoltas, acredito em destino.

Tenho um lado selvagem que muita gente nem desconfia.

Pra mim não tem programa melhor do que viajar.

Compro livros como quem compra balas.

Atribuo trilhas sonoras a praticamente todos momentos e pessoas da minha vida.

Amo fotografia. Adoro fotografar, ser fotografada, produzir, iluminar, photoshopar, montar, aprender, ensinar, admirar, ver e rever.

Sou alucinada por tecnologia. Novos celulares, computadores, máquinas fotográficas, filmadoras, vídeo games e afins me tiram do sério e me tiram o sono.

Gosto de ser a última a sair da festa (e se possível a primeira a chegar)

Adoro cantar e dançar dirigindo.

Faço mesmo danças insanas interpretando as músicas. Não consigo me controlar, é mais forte do que eu.

Sou apaixonada por toda Bahia, especialmente Guarajuba. Se você não gostar de lá não precisa comentar comigo (principalmente se quiser ser meu amigo). Isso ainda existe, mas passou a ser mais forte com outros lugares do mundo.

Como boa taurina e filha única, me apego às minhas coisas, costumes e hábitos.

Sou sempre a última a acreditar que uma pessoa é ruim (um dia eu aprendo, juro).

Não suporto falta de personalidade. E odeio perceber que alguém tenta roubar a minha.

Tenho a síndrome do Peter Pan. Um dia eu me trato... Agora oscilo entre Peter Pan e Fred Astaire, bem bipolar mesmo.

Adoro meus olhos. Odeio todo o resto do meu corpo. Hum.... Sabe que eu tô aprendendo a gostar bastante dele?

Misturo vodka com qualquer coisa. E não é difícil me encontrar meio altinha por aí... Nessas horas entra em cena minha irmã gêmea, Kátia Flávia. E eu não me responsabilizo por nada que ela apronta. Evoluí. Tomo pura ou com um pouco de suco de limão e pronto!

Tenho paixão pela Rita Lee, desde criança e pra sempre. Já me declarei, ela foi tudo que eu esperava e mais ainda.

Tenho o péssimo hábito de falar a verdade (então se você é daqueles que preferem não ouvir, não me pergunte). Sou direta, sincera e objetiva. A vida seria muito mais fácil se todo mundo fosse assim.

Quando vivo um momento muito bom, gosto de fechar os olhos pra guardar no coração todos os sentidos presentes.

A madrugada me encanta. Troco o dia pela noite com facilidade.

Nunca consegui brincar de esconde-esconde porque caio na gargalhada inevitavelmente.

E ainda tem tanta coisa...

terça-feira, 1 de junho de 2010

A bela supresa: Veneza

Mais uma pergunta do Formspring que deve ficar por aqui, pra não correr o risco de ser esquecida junto com o site:

com essa você vai sofrer: só UM dia de UMA viagem: qual foi o melhor?

Fácil, fácil...

Eu e Dani, minha prima, acordarmos em Cortina d'Ampezzo. Tomamos café, fechamos a conta no hotel e pegamos nossa máquina com destino a Salgareda, para fazer uma visita rápida à amiga Alexandra e seu marido Gianluca.

Chegando lá, a primeira de muitas maravilhas do dia: entramos na cozinha da padaria que eles são proprietários. Aromas, cores, calores, fornos, bandejas, pães, doces, tortas... todos desfilando ali na minha frente. Momento de felicidade plena.


Subimos até o apartamento com a nossa anfitriã, esperando o Gianluca para irmos almoçar. Enquanto isso, nos deliciamos com as histórias e o sotaque cantado recém adquirido da Alê. Para mim, o dia já estava perfeito mesmo se parasse ali.

Enfim, depois de uma coca cola orgânica, o Gianluca subiu. A Alê foi atrás dele até o quarto, para decidirem o local do almoço.
Quando eles voltam, a proposta: -Veneza?



Quase caí da cadeira. Sempre quis conhecer Veneza. Estava com o coração apertado por ter tirado do roteiro achando que era muito fora de mão, mas a chance estava ali. Vamos curtir a tarde na cidade mais romântica do mundo.
(lágrimas nos olhos)

Adoro surpresas desse tipo.

Eu e a Dani não precisamos nem falar, acho que nosso olhar encantado respondeu a pergunta, e quando dei por mim, já estávamos atravessando o Rio Piave, já estávamos atravessando as pontes e eu já via as famosas gôndolas passeando entre os canais.

Andamos por todas as ruas, paramos em todas as vitrines, tomamos Spritz, provamos gelatos, vimos as máscaras, sonhamos...



Meu coração parou com tanta beleza na Praça de São Marcos. O céu era cor de rosa e a lua estava ali (http://tinyurl.com/kaveneza)

Quando o dia terminou, eu mal acreditava.
Serei eternamente grata.

Dani, Alê e Gianluca: vocês fizeram parte do meu dia mais mágico.

Meu anjo

Saudade não tem dia marcado.
Mas o dia que marca sempre dói mais.
Imaginar que é a marca de 5 anos sem minha boneca.
5 anos sem meu xodó.

Eu sou péssima em datas. Ainda mais nas desse tipo.
Mas ontem, alguém me avisou.
Acordei sentindo que tinha chorado por toda madrugada.
Então, no fim da tarde, algo me despertou a lembrança: sonhei com ela.
Sonhei que ela estava nos meus braços.
Que eu a abraçava e sabia que iríamos nos separar, então chorava.



De todos aqueles "sonhos reais" que tive, a maioria foi com ela.
Um foi uma presença tão clara que matou as saudades por um tempo.
Em outros, reuníamos a família.
Nesse de ontem, nem falávamos. Era só abraço. E lágrima.


Passar por esse dia, há 5 anos atrás, foi uma das coisas mais difíceis que já fiz.
Foi um dia que me provou que a fé dá força.
Mesmo assim, ainda sofro ao lembrar.
Às vezes ainda penso que foi mentira. É tão difícil acreditar.



Meu xodó, de 15 anos, hoje é meu anjo.
E não há um dia que eu não pense nela.
E é por isso que eu não posso ouvir nem a Carolina do Chico, nem do Seu Jorge.
Porque a minha Carolina era tanto... tanto amor.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Aerosmith

Superar expectativas.
Como é raro, né?
Pois é, foi o que aconteceu sábado.
Um show que eu fui sabendo que seria excelente conseguiu ser MUITO mais do que eu esperava.
Sensação indescritível, de uma realidade tão melhor que o sonho.

Dentre todos os mega shows que apareceram por aqui, Aerosmith era O show que eu queria ver e nunca consegui.
(pausa: as seguintes declarações são simplesmente minhas opiniões e meu gosto)
Eu curto U2, acho legal o mega show, mas me incomodo com o Bono. Eu não gosto de gente politicamente correta que quer salvar o mundo, não vejo graça, prefiro um roqueiro mais tradicional e estragadinho.
The Police é excelente, mas não é meu perfil.
Madonna eu até queria ter visto, mas depois de saber dos atrasos e da falta de organização, deu preguiça.
Pearl Jam (há anos atrás) eu teria curtido muito, mas briguei com o namorado no dia e joguei os ingressos pela janela.
Enfim, não consegui ver o show do Aero aqui em 2007, porque tinha acabado de voltar da temporada em Paris e ainda estava perdida, mas o desejo ficou...


O show sábado foi ESPETACULAR.
Não consigo descrever muito bem, porque fiquei em choque.
Não consegui falar, piscar nem cantar nas primeiras músicas. O encantamento não deixou.
Deixei as ondas de som me levarem pra longe e viajei no brilho da capa do Steven Tyler.
Esse, por sinal, é um show à parte. Surpreendente. Que presença de palco, que carisma, que pique louco! Apaixonei.

O setlist foi PERFEITO! Se eu tivesse escolhido não seria muito diferente (eu só colocaria Hole in my soul). As letras, os acordes, os solos do Joe Perry, tudo enlouquecedor.

Lá pelo meio do show, me senti a maior fortona. Eu já tinha passado por Falling in love e Dream on sem chorar.
Então o Steven veio pra frente do palco e começou a cantar à capela There goes my old girlfriend...

Ui. Meu coração deu aquele sinal de aperto... Todo o estádio cantando junto.
So baby what's the story...

Ai ai ai. Eu tinha esquecido. A pior pra mim sempre foi What it takes.
Tell me what it takes to let you go
Tell me how the pain's supposed to go
Tell me how it is that you can sleep in the night
Without thinking you lost everything that was good

Quando chegou o refrão, eu já estava olhando pra lua cheia, vendo tudo embaçado e deixando as lágrimas rolarem como quisessem. Foi mágico.
Tell me that you're happy that you're on your own
Tell me that it's better when you're all alone
Tell me that your body doesn't miss my touch



Inesquecível.

Thank you, Steven, you rocked my world. Big time!

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Minhas modelos

Não, eu não trabalho com Giseles e afins.
Trabalho com gente muito mais divertida.
Fotografo gente que eu conheço desde sempre.
Gente que depois rouba a máquina das minhas mãos pra me fotografar também.
Modelos que se encontram na casa da amiga, uma leva o Prosecco e a outra leva a maquiagem.
Todo mundo ataca de rir. Inclusive a fotógrafa.
Fotografo gente que me acompanha na balada.
Os rostos que sorriem ao meu lado.
Fotografo minhas companheiras de viagem.
Esqueço das paisagens e me dedico aos olhos amigos.

Hoje é o aniversário de uma delas, da minha Marilyn Monroe pessoal. Que além de toda beleza fotográfica, tem uma luz e uma energia que não se explicam.



Será que elas sabem que me fazem tão feliz com isso?

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Milano

Nesse domingo, ao assistir a festa dos italianos em Milão pela vitória da Inter na Champions League, lembrei dos dias e das sensações de lá.

Chegamos (eu e Dani) em Milão num fim de tarde. Como já era de costume, nos perdemos um pouquinho para encontrar a Central de Turismo e começar a busca por um quarto pra ficar.
Passamos por ruas charmosas, vitrines deslumbrantes e encaramos um trânsito daqueles bem paulistanos.

De tudo que eu conheci fora daqui, Milão é a cidade que mais se parece com São Paulo. Não sei explicar exatamente o porquê (pode até ser pelo trânsito), mas me senti em casa nesses primeiros momentos.

Enfim, enquanto nos perdíamos passamos por uma ruazinha que simplesmente atravessava a Galleria Vittorio Emanuele. Primeiro desbunde. Que luxo! Que grandeza!

Depois, ainda sem saber ao certo onde estávamos (isso que dá obedecer cegamente o GPS), estacionamos a máquina num local proibido e corremos para a plaquinha da Central de Turismo que vimos de longe. Porém, portas fechadas. A rua terminava numa praça, e tinha mais uma plaquinha ali, com uma escada rolante. Fomos correndo, já meio tontas depois de tantas voltas... e demos com a cara na porta de novo. Fechado.

Quando levantamos o rosto, com aquele suspiro exausto, perdi o ar. Perdi total e completamente o ar. Respirar virou secundário se comparado à beleza que eu via: eu estava olhando o Duomo pela primeira vez.
Não sei se foi a surpresa, não sei se foi o tom de azul do céu, não sei se foi a imensidão daquela construção, não sei se foi pura e simplesmente uma manifestação da minha fé. Sei que nunca, NUNCA mesmo, fiquei tão estupefata. Era muita beleza pros meus olhos. Era muita energia pro meu coração.


Naquele dia não conseguimos passear por ali, afinal nossa máquina estava ali correndo risco de multa. Pegamos aqueeeeele trânsito pra chegar na ZN milanesa, onde era nosso Ibis. Jantamos no hotel mesmo, uma pasta congelada (sacriléeeegio).

No dia seguinte, ônibus e metrô até a Piazza Del Duomo. Tomamos o cappuccino mais caro da vida. Mas também, com aquela vista, quem iria reclamar?

A visita ao Duomo foi algo surreal. Lembro de lágrimas e mais lágrimas caindo, sem dor, sem controle.
Beleza e grandeza por todos os lados. Arte, fé, conforto.
A energia só é semelhante à que eu senti em Fátima e na Capela da Nossa Senhora da Medalha Milagrosa (em Paris). Poderosa. Palpável.

Seguimos o passeio para as galerias, lojas e cafés. Tudo espetacular, inclusive um vendedor da Dior (da La Rinascente) que nunca vai sair do pensamento...

Sentamos para o tradicional people watching. E foi então que eu percebi que ali nós éramos provavelmente as únicas mendigolândias de tênis e mochila.
Nunca vi tanta Vuitton nova desfilando. Nunca vi tantas botas de cano alto. Nunca vi tanta gente elegante. E tanta gente naturalmente bonita. Uau. Que cidade!


Tem mais um episódio noturno em Milão, em que eu saio de vestido e botas de salto pra combinar com a cidade, ando quilômetros no bairro errado e sou resgatada quase aos prantos por um motorista português muito gente boa, mas isso é história pra outro post, esse já ficou longo demais!

Arrivederci.

Pra variar, reclusão

Bom, como se pode perceber pelo teor do post anterior, nesse final de semana resolvi inovar geral e não coloquei o pé pra fora de casa das 16 horas de sexta até às 7 da manhã de hoje.
Raro, muito raro...
Mas necessário de vez em quando, né?

Para compensar, resolvi fazer a maior maratona televisiva já vista na história desse hd player!



Foi uma delícia!
Os filmes são excelentes (tirando Gamer, que me conduziu ao sono profundo).
Os finais de temporada de Grey's e Brothers me deixaram boquiaberta (e chorosa, lógico)!
Sonoca não cansa de 24 horas, vimos meia temporada em dois dias!
Gargalhei como sempre com Tbbt e Two & a Half.
E... me preparei pro Series Finale de Lost... Que triste!

Como é que eu vou viver sem eles?


Ai ai ai...

sábado, 22 de maio de 2010

Apática

E aí que eu não vejo mais graça em nada.

Não me animo pra nada.

Meu tom de voz baixou.

Meus olhos ardem constantemente.
Se enchem de lágrimas facilmente.

Eu nunca me senti tão só.

Os motivos são tantos...
De longe tão pequenos...
Mas o estrago está feito.

Não sei de onde tirar energia.
Não sei onde posso pegar impulso.

Enquanto isso eu afundo.

Enquanto isso alguns se preocupam.
Alguns questionam o porquê.
Alguns devem comemorar, tenho certeza.
Tantos outros não se importam.

Mas eu não ligo.

E, em meio a tanta lembrança, lembro dele como quem tirou a minha graça de vez.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Eu, hoje

Então, pra variar resolvi escrever pra ver se passa.
Cortei todos os meios de comunicação com quem achei que devia. Está na hora de evoluir, de andar, de olhar pra frente.

Na maior parte do tempo, eu vou muito bem.
Estou com aquele sentimento de quem tem algo bom a caminho, aquele friozinho na barriga que dá a dica de que algo muito bom vai acontecer.
E algo bom tem mesmo que acontecer. Até a astrologia concorda. Está na hora de Saturno sair da casa do amor (seja lá o que isso signifique).

De vez em quando, porém, me dá uma loucurinha e eu fico obcecada com uma só pergunta. Por que será que ele me deixou passar?
Eu não me deixaria!



Fugiu com a minha pa a a a a a az....

terça-feira, 4 de maio de 2010

That was just a dream....

Hoje eu acordei de um sonho perfeito.
Daqueles que quando você se dá conta que era só sonho, fica brava por ter acordado.

Engraçado, foi tão real...
Eu senti o cheiro do apartamento de Paris.
Eu senti o braço dele sobre a minha cintura.
Vi o par de óculos no criado-mudo.

Estava desconfortável, aquela cama sempre foi meio estranha.
Mas estava animadíssima para enfim andar pela cidade com ele.
Para colocar em prática toda aquela paixão que sempre compartilhamos e que sempre discutimos tanto.
Eu já estava pensando no que fazer pro café da manhã.

Quer saber mais? Estava tocando música.
Tocava ABBA. The winner takes it all.
E eu sabia que naquele dia que começava a vencedora era eu.

Hoje doeu acordar.



Capela da Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, na Rue du Bac. Um dos nossos elos. Um dos nossos motivos.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

O dia 26/4/1979

Foi uma semana pra marcar a vida.

Salim tinha ordenado exames diários de estriol, em São Paulo, exames que mediam o bem-estar do nenê que esperávamos, com tanto amor. Todas as noites, dezenove horas, se tanto, saíamos de Jacareí e rumávamos pra São Paulo. A Dutra sempre se manteve amiga e, no prazo de uma hora, já estávamos em algum restaurante, antes de passarmos a noite no apê da Praça 14 Bis. Cedinho, éramos os primeiros a chegar ao Laboratório Delboni-Santos, na Av. Brasil, esquina com a Nove de Julho. Em geral, nem funcionários tinham chegado. Eram sempre os próprios médicos que nos atendiam e faziam a coleta de sangue.

Após, Dutra novamente e trabalhar. Osvaldo, na Inquibrás. Eu, no Verdinho. Era uma quarta-feira e eu sonhava poder ficar e dormir em casa, para assistir a um documentário sobre os grandes jogadores de futebol do passado, que a Globo anunciava a cada intervalo da programação.

Dengosinha e mimada, telefonei ao Salim, se podia deixar de fazer o exame na quinta-feira; estava tão cansaaaaadiiiinha... Silêncio na linha. Ah, balancei meu médico. Ainda silêncio. De repente, trovejou, com aquela voz forte e metálica: “ Não tenho nada com seu cansaço. Tenho com a criança. Faça o exame amanhã."

Engoli os sapos todos, e, à noite, novamente Dutra.

Combináramos Osvaldo e eu de vigiar os gastos e evitar ir a restaurantes mais sofisticados. Assim ele parou em frente a uma cantina, onde, pra meu espanto, dois funcionários se apressaram a abrir as portas do carro: um do meu lado e, outro, do dele. Pelo visto, a contenção de gastos fora para o brejo.

Comemos, bebemos vinho tinto – ah, meu médico era totalmente diferente dos de hoje, pois aconselhara para minha dieta vinho tinto, cuja provisão o Osvaldo fizera, com o máximo gosto. E minha dieta era dieta, mesmo. Nada de pães e açúcares durante toda a gravidez.

Dormimos no apezinho e, de manhã, me submeti ao exame de sangue, conforme o previsto. Depois,, Jacareí, com nossos afazeres habituais. Osvaldo na Inquibrás. Eu, nas aulas. No dia seguinte, entraria no nono mês. E, a partir daí, não poderia dirigir. Às cinco horas, telefonamos para o Laboratório: essa era a rotina. Depois comunicar ao Salim o resultado. Quando ouvi o índice, tremi. Fiquei sem coragem de falar com meu exigente médico. Osvaldo se encarregou da tarefa: sabem como é meu marido: o pai da calma e da diplomacia.

-- Como vai, Salim? Está pronto para o casamento? (O Salim fora convidado para uma festa de casamento, que seria às dezenove horas.) Que bom! Boa festa para vocês. Ah, o exame? Pois é! Deu 4.

De onde eu estava, ouvi os trovões, raios e pedradas. A malinha estava pronta. Dutra novamente. Coração preocupado. Eu, mão na barriga, no esporte a que me acostumara: contar as mexidas do bebê.

1, 2 ... 5 ... 21 ... 82...

Chegamos ao Hospital Santa Luzia, da Sta.Casa de SP. Uma comissão de frente nos aguardava. Salim, todo bonitão, de terno e colete, e seus assistentes, nada menos que professores da Paulista, convocados às pressas, porque os residentes estavam em greve. O Salim mal olhou para o Osvaldo e foi coordenando: “Vá fazer a internação da Sônia.” Pegou-me pelo braço e nem sei como, já estava na maca para ser examinada. Perguntou, ansioso. “O bebê mexeu, durante a viagem?” Disse que sim. “ Quantas vezes?” Respondi o número que pode parecer absurdo:”168. “ Ele pôs a mão em minha barriga e meu bebê, como sempre colaborando, deu mais uma mexidinha. Salim: “ Graças a Deus” . Daí para os preparativos de urgência e cesariana: “Dêem um calmante pra ela” Lógico, era o mandão do Salim. “ Não quero dormir”, reagi. E ele, fazendo troça:”Ah, ela quer conversar com o maridinho...” Todos riram, até eu.

O telefone tocou: quem poderia imaginar que era meu irmão, contatando o Salim, pra saber de nós? Parece inadmissível, mas o Salim atendeu ao telefone na sala de cirurgia. Quem conheceu o Nassib sabe como ele era persuasivo.

Às 21.45h minha flor veio ao mundo. Era 26 de abril de 1979, uma quinta-feira. Osvaldo ligou para o Nassib e anunciou: “ A Karen nasceu” Era uma homenagem ao meu irmão, que achava lindo esse nome.

O pediatra, que há vinte anos não dava plantão, estava encantado e ma trouxe no colo. Vi um pezinho rosa de cetim e beijei-o com adoração. O bebê parecia um sonho pintado de rosa: pele, unhas, rostinho mais lindo. E olhos azuis. Se eu fosse fraquinha e tão romântica como os livros que amei ler, era a hora certa de desmaiar. Mas, lógico, preferi ficar naquele sonho real, em cores suaves e inesquecíveis.


- Mamãe -