segunda-feira, 24 de maio de 2010

Milano

Nesse domingo, ao assistir a festa dos italianos em Milão pela vitória da Inter na Champions League, lembrei dos dias e das sensações de lá.

Chegamos (eu e Dani) em Milão num fim de tarde. Como já era de costume, nos perdemos um pouquinho para encontrar a Central de Turismo e começar a busca por um quarto pra ficar.
Passamos por ruas charmosas, vitrines deslumbrantes e encaramos um trânsito daqueles bem paulistanos.

De tudo que eu conheci fora daqui, Milão é a cidade que mais se parece com São Paulo. Não sei explicar exatamente o porquê (pode até ser pelo trânsito), mas me senti em casa nesses primeiros momentos.

Enfim, enquanto nos perdíamos passamos por uma ruazinha que simplesmente atravessava a Galleria Vittorio Emanuele. Primeiro desbunde. Que luxo! Que grandeza!

Depois, ainda sem saber ao certo onde estávamos (isso que dá obedecer cegamente o GPS), estacionamos a máquina num local proibido e corremos para a plaquinha da Central de Turismo que vimos de longe. Porém, portas fechadas. A rua terminava numa praça, e tinha mais uma plaquinha ali, com uma escada rolante. Fomos correndo, já meio tontas depois de tantas voltas... e demos com a cara na porta de novo. Fechado.

Quando levantamos o rosto, com aquele suspiro exausto, perdi o ar. Perdi total e completamente o ar. Respirar virou secundário se comparado à beleza que eu via: eu estava olhando o Duomo pela primeira vez.
Não sei se foi a surpresa, não sei se foi o tom de azul do céu, não sei se foi a imensidão daquela construção, não sei se foi pura e simplesmente uma manifestação da minha fé. Sei que nunca, NUNCA mesmo, fiquei tão estupefata. Era muita beleza pros meus olhos. Era muita energia pro meu coração.


Naquele dia não conseguimos passear por ali, afinal nossa máquina estava ali correndo risco de multa. Pegamos aqueeeeele trânsito pra chegar na ZN milanesa, onde era nosso Ibis. Jantamos no hotel mesmo, uma pasta congelada (sacriléeeegio).

No dia seguinte, ônibus e metrô até a Piazza Del Duomo. Tomamos o cappuccino mais caro da vida. Mas também, com aquela vista, quem iria reclamar?

A visita ao Duomo foi algo surreal. Lembro de lágrimas e mais lágrimas caindo, sem dor, sem controle.
Beleza e grandeza por todos os lados. Arte, fé, conforto.
A energia só é semelhante à que eu senti em Fátima e na Capela da Nossa Senhora da Medalha Milagrosa (em Paris). Poderosa. Palpável.

Seguimos o passeio para as galerias, lojas e cafés. Tudo espetacular, inclusive um vendedor da Dior (da La Rinascente) que nunca vai sair do pensamento...

Sentamos para o tradicional people watching. E foi então que eu percebi que ali nós éramos provavelmente as únicas mendigolândias de tênis e mochila.
Nunca vi tanta Vuitton nova desfilando. Nunca vi tantas botas de cano alto. Nunca vi tanta gente elegante. E tanta gente naturalmente bonita. Uau. Que cidade!


Tem mais um episódio noturno em Milão, em que eu saio de vestido e botas de salto pra combinar com a cidade, ando quilômetros no bairro errado e sou resgatada quase aos prantos por um motorista português muito gente boa, mas isso é história pra outro post, esse já ficou longo demais!

Arrivederci.

3 comentários:

sô disse...

Você, cada vez que viaja, vai um tantinho contrariada porque não posso ir junto. Mas, quando leio seus posts de viagem, fico tão maravilhada com o que você viveu, que é realmente como se eu estivesse ali, com você. Pode viajar sempre, meu amor, porque você precisa acreditar que , de algum modo, estou viajando também. Bj.

AleGian disse...

Ciao bella!!!! Fiquei encantanda com o teu blog!!!!! E mais ainda pelas tuas impressoes da Itàlia!!!!! Milao é realmente fascinante e ajuda a matar um pouco as saudades da Pauliceia... Un bacio nel cuore!!!! Ale e Gianluca;-)

Fê disse...

Que demaisssssss!!
Ai, que vontade de conhecer!!
Mas teria que conhecer com os seus olhos, com aa riqueza de detalhes que só vc consegue perceber.

Love u!!!!!