quinta-feira, 7 de março de 2013

Tribalistas


De repente veio a letra na minha cabeça.
Caiu bem para essa tarde...



Falados os segredos calam
E as ondas devoram léguas
Vou lhe botar num altar
Na certeza de não apressar o mundo
Não vou divulgar
Só do meu coração para o seu


Pecado é lhe deixar de molho
E isso me deixa louco
Não, eu não vou me zangar
Eu não vou lhe xingar
Lhe mandar embora
Eu vou me curvar
Ao tamanho desse amor
Só o amor sabe os seus


Não, eu não vou me vingar
Se você fez questão
De vagar o mundo
Não vou descuidar
Vou lembrar como é bom
E ao amor me render

quarta-feira, 6 de março de 2013

6, Rue Victor Cousin, 75005, Paris

Mémoire

 

Eu nunca tinha morado fora.

Nunca tinha morado sozinha.

Nunca tinha estudado francês.

Nunca.

Estranho foi chegar lá e me sentir em casa.

Acho que é uma mágica de Paris.

Acho que só o inexplicável explica por que, em meio ao caos que eu vivia, aquele lugar me trazia serenidade e paz.

Explica por que de tempos em tempos tudo que eu quero (e preciso) é correr de volta pra lá.

 

Luiz Mendes - Certezas Incertas

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Até aqui errei muito

Acertei algumas poucas vezes

Amei, odiei e não invejo ninguém

Por não ser eu.

São os erros que nos tornam

Dignos de amor.

Cai do passado no presente

E fiz de mim aquilo que nunca soube.

O que podia fazer por mim não fiz

Enganei a mim sobre mim

E me tornei reconhecido

Pelo que não sou.

A razão nunca foi paraíso

Mas sempre protegeu do inferno

Das certezas incertas.

Nunca consegui ser o que não fui

E por isso pouco me restou.

**

Luiz Mendes

28/02/2013.