domingo, 3 de maio de 2009

Sobre o futebol...


Antes de tudo, eu nasci corinthiana.
Meu pai é corinthiano fanático. Meus dias, principalmente os domingos, sempre foram planejados de acordo com os horários de jogo do Timão. O humor da casa sempre dependeu desses resultados. Quando não do meu pai, dos namorados.
Tive minha fase sãopaulina por um motivo essencial: não ter MAIS um motivo pra brigar com meu padrinho, que adorava pegar no meu pé. Troquei de time lá pelos 15, pra evitar conflito mesmo! Porque só quem conhece o Fernandão sabe como ele podia ser irritante/ insistente/ briguento com esse assunto.
Passei bastante tempo assim. Torce um monte pro São Paulo e parei no dia em que chorei porque o time perdeu. Achei que já estava exagerando e me retirei. Fiquei acompanhando beeeeem de longe o que acontecia nesse mundo, mas sem participar ativamente.
Nunca briguei com os amigos. Nunca fui provocar. Nunca entrei em discussões.
E nunca pude torcer contra o Todo Poderoso Timão, já que a felicidade do meu pai, minha paixão mais absoluta, dependia das vitórias.
Há um tempinho atrás, com a volta do Ronaldo, tive que render mais um pedacinho do meu coração. Afinal de contas, adoro uma história de volta por cima. E adoro ainda mais um jogador que aparece, gordinho, com um cigarro em uma mão e uma cerveja na outra, passeando de iate nas praias de Ibiza. You gotta love him!
Agora, a piece de resistance foi há mais ou menos um mês atrás, quando fui com os corinthianos roxos Jonas e Rê e com a também (ex) sãopaulina Ju ao jogo Corinthians e Santos.
Eu nunca tinha ido ao estádio em jogo grande.
Eu nunca tinha visto uma torcida cantar, pular, gritar, xingar.
É irresistível. Simplesmente irresistível.
Quando me vi, já estava lá gritando também, xingando o bandeirinha, vibrando com os gols.
Ali eu já sabia. A corinthiana em mim estava de volta, não adiantava mais tentar esconder!
Por isso hoje, final de campeonato, lá estava eu! Além dos companheiros anteriores, ainda se juntaram ao grupo minha marida Paula (fanática sempre), nosso segredinho Alê e as lindas Rud e Gabi.
Foi uma delícia.
É uma delícia chegar na Vilaboim, normalmente cheia de arrumadinhos, e ver aquele monte de gente uniformizada cantando, gritando, buzinando.
É bom escolher o melhor lugar pra sentar, pegar as bandeirinhas e assistir ao estádio enchendo de gente, de bandeiras enormes, de crianças felizes, de fanáticos preocupados.
Não tem preço cantar com aquelas mil vozes, sentir aquela energia louca, xingar o juiz, roer as unhas, apertar a mão, coçar a cabeça, olhar pro céu em desespero. Tudo coletivo.
E a hora do gol? Pular, gritar, abraçar, rir com alívio.
Gritar "é campeão" no fim do jogo, sair pulando pela rua, gritar em toda esquina.
Muito muito muito bom.
Por isso hoje eu posso dizer que sou do bando de loucos mesmo.
E estou adorando.
O Timão voltou. E eu também voltei.

Vai Corinthians!

2 comentários:

July Malta disse...

Aquela (ex)sãopaulina sou eu.. e até agora sinto todos aqueles rojões explodindo lá no fundo da minha cabeça..
Hoje, independente de continuar sendo sãopaulina ou corinthiana, me rendi a vibração do timão, sua garra, sua torcida, seu técnico..
Por isso hoje grito.. VAI CORINTHIANS!!

Fernanda disse...

Hahahaha
Fazia tempo que não passava aqui...
Valeu as risadas que dei!!
Saudades!!

bjs