quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Na Saxônia, a cidade de Bach

Antes de começar a falar sobre Leipzig, preciso falar do caminho que nos levou até lá.

As estradas da Alemanha são realmente tudo que falam por aí.
Todo mundo corre loucamente, é um festival de carros lindos, novos e potentes.
O que é surpreendente mesmo é a educação deles no trânsito. Primeiro: não se ouve uma buzina!
Não que fosse o nosso caso (de maneira alguma), mas tem um monte de turistas perdidos nas ruas, andando devagar e esperando o gps falar qual é o próximo passo. Mesmo assim, ninguém buzina.
Todo mundo se mantém na faixa da direita, independente de quantas faixas a estrada tem. Cada um faz sua ultrapassagem e volta. Simples assim.
Outra coisa, como há muitos trechos em obras, muitas vezes a estrada fica reduzida a uma ou duas faixas apertadas. Mesmo assim todo mundo é muito civilizado. Ninguém tenta correr mais do que o outro e todos respeitam os limites de velocidade impostos (mesmo que você esteja a 180 km/h, na hora em que aparece a placa de 80km/h, todo mundo reduz).
Outra coisa que faz toda a diferença: a sinalização. Se o GPS morresse (como morreu várias vezes), a gente chegaria nos nossos destinos da mesma maneira.


Ok, isso esclarecido, vamos enfim para a chegada a Leipzig.
Nessa viagem testamos um esquema bem diferente: sem plano, sem hora, sem destino.
Não tínhamos hotéis reservados, nem roteiros definidos, certo? Então quando entrávamos na estrada, qualquer coisa poderia acontecer. Tudo no nosso ritmo.
Saímos cedo de Munique, com o carro cheinho de bagagem (agora éramos 3, a Lê estava conosco).
Logo quando pegamos a estrada, paramos num posto para encher o tanque. Lição número 1: aqui tudo funciona na base da confiança: primeiro você enche seu tanque, depois vai pagar lá dentro da lojinha.
Lição número 2: ao lado de cada bomba tem um balde com um rodinho pra cada um limpar seu parabrisa. A reação das meninas quando saíram do banheiro e me viram com o rodinho em mãos, fazendo o maior esforço pra não deixar nenhuma sujeirinha no vidro foi impagável. Pena que não tiramos fotos desse momento (nunca imaginei que ia me dar bem como frentista).

Os postos lá são muuuuito legais. Depois desse, paramos em um para almoçar que era super divertido! Vendia de tudo, de perfumaria até bebida (até licor de maconha).
Com todas nossas paradas e sem pressa nenhuma, acabamos chegando a Leipzig só no finzinho da tarde. Logo o gps nos mandou pro centro antigo e milagrosamente logo achamos um estacionamento pra largar "a máquina".

Leipzig é a cidade do Bach, para muitos, o maior músico que já existiu. Com a minha mãe pianista e outros pianistas passando pela minha vida, posso concordar com esse título.
Ninguém sabe muito bem onde Bach está enterrado (aqueles mistérios da história), mas na igreja de São Tomás tem uma lápide em sua homenagem. Infelizmente, quando cheguei lá a igreja já estava fechada...

Na praça da cidade estava rolando uma festa com música, bebida e comida. Como era sábado, estava cheio de gente na rua, uma delícia.
Andamos pela feira que cercava a festa, comemos um pão estranho que todo mundo estava comendo e fomos parar numa ruazinha cheia de gente, cheia de pubs e restaurantes. Sentamos na primeira mesa vazia que avistamos e ficamos lá batendo papo e tomando cerveja até a noite cair definitivamente.

O mais divertido de Leipzig é que não deve chegar muito brasileiro por lá, pois em cada lugar que passávamos, causávamos uma certa curiosidade de quem estava em volta: - afinal, que língua elas falam? - Teve gente que até veio perguntar, as caras de espanto eram incríveis! Nos divertimos com isso...

O que deu muito certo?
Chegar e largar o carro no estacionamento.
Estávamos perdendo muito tempo quando chegávamos numa cidade e íamos logo procurar hotel. Em Leipzig só fomos procurar o hotel lá pela meia-noite, depois que já tínhamos visto e andado tudo que queríamos. Assim conseguimos aproveitar mais.


O que deu muito errado?
Não ter chegado a tempo para ver a Igreja de São Tomás nem o Museu Bach.

Nota para a próxima viagem
Não acreditar tanto no gps quando ele sugere um hotel um pouco mais afastado...
Fomos parar num lugar muuuuuito assustador, cheio de fog e campos abertos (pra quem lê Twilight como eu, um lugar onde facilmente encontraríamos lobisomens e vampiros).
Ok, era um best western que estava lá no meio. Mas a chegada lá foi muito bizarra, assim como a decoração do quarto, que devia datar da época do Iluminado!

Atendendo ao pedido feito no comentário da Lê, aí está a estampa inspiradora!

4 comentários:

Anônimo disse...

Hahaha!
Amei!
Voce tem ai uma foto da estampa do quarto?
Guarda a sete chaves q quero usar na decoracao de casa!
To amando os posts!
Bjs de saudades!
Le

July Malta disse...

Bach, Twilight e Iluminado all in one?!
Só vc amiga!! Adorei mais esse post da viagem.. Ainda esperando por Cortina!!!

Bjos

Anônimo disse...

Hahahaha AMEI!
So o lustre fica secreto. ok?
A muito inspirador para ser publicado, pode causar inveja!
hahahaha
Obviamente q tivemos ataque de besterol num quarto taooo inspirador!
Te amo, meuuuuuuuuuuuuu

Fê disse...

Ai, que demais!!
Sinto mais entusiasmo nesse texto.
Ok, tb sei que o que mais gostou foi Berlim...
Adoroooooooo seus posts!! Dá pra dar uma boa viajada junto.

Beijossssssss