segunda-feira, 12 de abril de 2010

A estrada certa

Cheguei a um ponto em que reconheço algumas histórias, algumas pistas e sei farejar com alguma facilidade situações que me trarão algum sofrimento futuro.

Tirando aqueles poucos que podem tudo, outros poucos se aproximam.
E com a mesma facilidade que vêm, vão.
A maioria nem deixa vestígio.
Mas aí aparece aquele. E você percebe de cara que ele é o tipo que deixa cicatriz.
Mesmo assim, segue.
Acredita. Confia. Ouve. Sonha. Tenta. Se entrega. Muda. Vira de ponta-cabeça. Sonha mais.
Planeja. Chama. Canta. Atende. Dança. Escreve. Declara. Investe. Sonha mais um pouquinho.

Todas as placas da estrada avisam: CUIDADO.
Mas você não quer nem saber. Quer seguir correndo. Quer o frio na barriga, quer curvas perigosas, quer ultrapassagens proibidas.

De repente seu dia derrapa. E à beira do abismo, você resolve olhar pra baixo com frieza.

Que bom! Parabéns! Você está exatamente onde não queria.

Dessa vez eu acerto. Corto antes de me machucar.
Ponto pra mim.
Ponto pra taurina. Ponto pra racional.

Vieram outras ondas pra me distrair.
Alguns incêndios bravos pra apagar.
Toquei as músicas mais felizes.
Dei risada da situação.
Fui pra noite, ver outras caras.
Outros olhos. E outra boca.
Fui segurando as pontas.
Vai ficando mais tranquilo.

Não sei ainda se vai restar um gosto doce ou azedo.
Não sei se vai restar qualquer coisa.

Um comentário:

July Malta disse...

Estender as minhas mãos e deixá-las ali caso vc precise segurar em uma curva perigosa..
Só isso.. pq andar ao lado, na mesma direção é ser amiga..
Beijos com carinho