Pois é... depois de longo, tenebroso e rigoroso inverno de sentimento, eis-me aqui, sorrindo pra tudo, sorrindo pra vida, sorrindo pro amor. Estranho, né? Mal me reconheço.
Milagre? Destino? Acaso?
Não sei... Acho que é melhor deixar sem explicação, sem razão, sem nome, sem limite.
Sei que encontrei uma inspiração. Uma inspiração que não vem do sofrer, que não vem das lágrimas, que não vem de noites solitárias em claro... Vem da paixão.
Uma inspiração inédita. Que de tão surpreendente, inspirou minha vida como um todo: mudou meus planos amargos e minha cara amarrada. Sumiu com meu medo da noite, com meu mau humor da manhã. Aniquilou a minha amargura. Me fez melhor. Me faz feliz. Me faz acreditar nos dias felizes. Me faz acreditar.
Me faz querer morar pra sempre num abraço.
Me ensina a parar o tempo em um beijo.
Me inebria com seu perfume.
Me faz sorrir, rir, gargalhar.
Me emociona com as palavras mais doces.
Me entende num olhar.
Me delicia.
Exagero? Pode ser... Eu sempre fui mesmo exagerada. Mas dessa vez não inventei um amor, não roubei rosas. Sei que ele está ali. Sinto como nunca senti. Uma certeza que às vezes apavora de tão certa.
A história é linda pra contar (um dia eu conto aqui). Mais linda ainda pra viver.
Hoje eu sei e ele sabe quanto amor nós guardamos.
Só tinha de ser com ele. Só tinha de ser comigo.
E, no que depender de mim, será.
Agora, além de escrito na minha testa, está escrito no meu blog.
quinta-feira, 7 de julho de 2011
terça-feira, 28 de junho de 2011
segunda-feira, 23 de maio de 2011
#nowfeeling
O interessante é que há tempos não me sinto tão livre para ser eu mesma com alguém. Sem jogos, sem mentiras, sem querer ser o que não é.
O que é um pouco controverso é que eu me sinto tão dele que é como se sempre tivesse sido assim, como se o coração só estivesse esperando a chance de acontecer.
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O que é um pouco controverso é que eu me sinto tão dele que é como se sempre tivesse sido assim, como se o coração só estivesse esperando a chance de acontecer.
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sábado, 7 de maio de 2011
As nossas missões impossíveis
A irmã da vítima, de férias em Miami, já não dorme. Provoca, coordena e acompanha em real time o andamento da missão.
Depois de interfonar sem resposta, você resolve ligar para a polícia, determinada e preocupada. É nessa hora que toca um outro telefone, e enfim a desaparecida aparece inteirinha, linda e loira, vestida e maquiada, porém sem bateria no celular.
Acabamos todas rindo e chorando na padaria da esquina, comemos um pão na chapa, tomamos uma coca gelada e segue o sábado.
Essa agora é mais uma das nossas histórias inesquecíveis, pro livro de loucuras que um dia a gente há de escrever.
É muito amor, minha gente! Muito!
terça-feira, 3 de maio de 2011
quarta-feira, 23 de março de 2011
Conto
Era uma vez uma menina que vivia de lembranças. Um dia, porém, ela resolveu esquecer. Resolveu diminuir tudo que parecia tão grande, resolveu tirar o mistério dos acontecimentos e o romance da vida. No fim da noite, se juntou à amiga de infância e sentou numa lanchonete que há anos não frequentava. Entre as mesas vazias, discursou longamente sobre estar desacreditada do amor. Afirmou sem mentiras que estava bem assim. Estava realmente gostando do novo equilíbrio emocional. Então, entre um gole e outro, entre uma revelação e outra, entre uma besteira e outras tantas, seu olhar é atraído para a porta e ela pensa "esse seria meu tipo genérico". Em uma fração de segundo, ela percebe que não é um genérico qualquer, que é o original, o definitivo, aquele que nos últimos tempos mais se aproximou do que ela entende por amor. Sim, era ele. O que a encantou, conquistou, mudou os padrões (sem lembrar que também foi aquele por quem ela perdeu tantas lágrimas, aquele que ela procura em todas as pessoas, quase todos os dias). Prontamente ela se levantou, se jogou naquele abraço, lutando pra manter as pernas firmes, lutando pra não derreter ali mesmo, naqueles braços. Trocaram poucas palavras banais, alguns olhares e sorrisos. Ela voltou pro seu sofá, ele foi pra sua mesa. E no meio daquele vazio, no meio daquela madrugada, os sonhos todos voltaram. O coração pulou no peito e ela guardou as lágrimas para quando entrasse no carro. No caminho de casa ficou impossível não acreditar em mistério, em romance, em sinais. Ficou impossível não acreditar naquele amor tão palpável que pesava o ar. Abriu a janela e jogou fora todas aquelas teorias amargas, toda desesperança, toda decepção. E ao deitar a cabeça no travesseiro, sentiu de novo aquele perfume que ela conhecia tão bem. E sonhou.
Essa é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.
Essa é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.
domingo, 20 de março de 2011
Sempre Clarice
Meu Deus, me dê a coragem
Meu Deus, me dê a coragem
de viver trezentos e sessenta e cinco dias e noites,
todos vazios de Tua presença.
Me dê a coragem de considerar esse vazio
como uma plenitude.
Faça com que eu seja a Tua amante humilde,
entrelaçada a Ti em êxtase.
Faça com que eu possa falar
com este vazio tremendo
e receber como resposta
o amor materno que nutre e embala.
Faça com que eu tenha a coragem de Te amar,
sem odiar as Tuas ofensas à minha alma e ao meu corpo.
Faça com que a solidão não me destrua.
Faça com que minha solidão me sirva de companhia.
Faça com que eu tenha a coragem de me enfrentar.
Faça com que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir
como se estivesse plena de tudo.
Receba em teus braços
o meu pecado de pensar.
Clarice Lispector
sempre ela...
Meu Deus, me dê a coragem
de viver trezentos e sessenta e cinco dias e noites,
todos vazios de Tua presença.
Me dê a coragem de considerar esse vazio
como uma plenitude.
Faça com que eu seja a Tua amante humilde,
entrelaçada a Ti em êxtase.
Faça com que eu possa falar
com este vazio tremendo
e receber como resposta
o amor materno que nutre e embala.
Faça com que eu tenha a coragem de Te amar,
sem odiar as Tuas ofensas à minha alma e ao meu corpo.
Faça com que a solidão não me destrua.
Faça com que minha solidão me sirva de companhia.
Faça com que eu tenha a coragem de me enfrentar.
Faça com que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir
como se estivesse plena de tudo.
Receba em teus braços
o meu pecado de pensar.
Clarice Lispector
sempre ela...
quinta-feira, 17 de março de 2011
Quiroga
Hoje é um daqueles dias em que tenho certeza que o Quiroga mora aqui em casa.
Mais adequado impossível. Exatamente como estou me sentindo.
"Em muitos aspectos sua alma está sozinha nesta parte do caminho, não porque careça de companhia, mas porque ainda é difícil compartilhar com alguém a verdadeira natureza dos sentimentos processados intimamente."
www.astrologiareal.com.br
Mais adequado impossível. Exatamente como estou me sentindo.
"Em muitos aspectos sua alma está sozinha nesta parte do caminho, não porque careça de companhia, mas porque ainda é difícil compartilhar com alguém a verdadeira natureza dos sentimentos processados intimamente."
www.astrologiareal.com.br
domingo, 13 de março de 2011
Sim, são tempos difíceis.
São decisões sem certeza.
Tristes constatações.
E medo, muito medo.
Medo de errar, medo do que vai dar, medo de arrepender, medo de demorar.
Deus, me dá forças pra passar por tudo com sobriedade.
Coloca ao meu lado as pessoas certas.
Coloca na minha mente o caminho certo.
Enquanto isso eu guardo a dor.
Guardo cada uma daquelas conclusões que não quero tirar.
Guardo cada um dos pensamentos que eu não posso colocar em palavras.
Tenho medo de soltar algum e perder o controle.
Tenho medo de passar dias chorando sem parar.
As poucas lágrimas que escapam estão no escuro, no silêncio, abafadas no travesseiro.
Enquanto isso eu como a ansiedade.
Como com pimenta.
Como de madrugada.
Como chocolate de sobremesa.
E arrumo mais um problema.
Aquele velho problema.
Queria fechar os olhos.
Queria acordar do pesadelo.
Queria passar no fast forward.
Ou quem sabe voltar no tempo.
Esse agora me apavora.
São decisões sem certeza.
Tristes constatações.
E medo, muito medo.
Medo de errar, medo do que vai dar, medo de arrepender, medo de demorar.
Deus, me dá forças pra passar por tudo com sobriedade.
Coloca ao meu lado as pessoas certas.
Coloca na minha mente o caminho certo.
Enquanto isso eu guardo a dor.
Guardo cada uma daquelas conclusões que não quero tirar.
Guardo cada um dos pensamentos que eu não posso colocar em palavras.
Tenho medo de soltar algum e perder o controle.
Tenho medo de passar dias chorando sem parar.
As poucas lágrimas que escapam estão no escuro, no silêncio, abafadas no travesseiro.
Enquanto isso eu como a ansiedade.
Como com pimenta.
Como de madrugada.
Como chocolate de sobremesa.
E arrumo mais um problema.
Aquele velho problema.
Queria fechar os olhos.
Queria acordar do pesadelo.
Queria passar no fast forward.
Ou quem sabe voltar no tempo.
Esse agora me apavora.
terça-feira, 8 de março de 2011
Consideração
Esse texto da Tati Bernardi é perfeito em incontáveis trechos.
Por pouco eu não acho que nos apaixonamos pela mesma pessoa.
Por pouco não fui eu quem escreveu esse texto.
***
Consideração
Já tinha um mês e resolvi ir nessa festa com cara de festa que você vai. Toda pessoa de cabelo cheio que entrava eu achava que era você. Assim como acho quando estou na rua, no supermercado, na fila do cinema, dormindo. Virei uma caçadora de pessoas cacheadas. Virei uma caçadora de você em todas as pessoas. Então você chegou na festa. E eu apenas sorri e sorri e sorri. Porque era isso. Eu queria te ver apenas. A dor numa caixinha embaixo dos meus pés e eu mais alta pra poder te abraçar sem dor, perto da sua nuca e por um segundo. Eu te acho bonito de formas tão variadas e profundas e insuportáveis. Eu vejo você parecendo um leãozinho no fundo da festa. Suando e analisando. O rei escondido escolhendo a presa que não vai atacar. Com sua eterna tristeza cheia de piadas afiadas. Suas facas afiadas de graças para defender as tristezas que nadam baixas nos seus olhos de quem não quer fazer mal. Mas faz. Seus olhos. Em volta um riozinho melancólico e no centro o sol feliz e novinho chegando. E tudo isso vem forte como um soco de buquê de flores de aço no meu estômago. E eu quero ir até você e te dizer que eu sei que você desmaia quando faz exame de sangue. E como eu gosto de você por isso. E como eu queria tirar todo meu sangue em pé pra você jamais cair. E como eu gosto de você por causa do e-mail que você mandou pro seu amigo com problemas. Como gosto quando você lembra de alguém e precisa demonstrar naquela hora porque tem medo da frieza das suas distrações. Suas listas de culturas e atenções. Os vasinhos. Os vasinhos coloridos da cozinha me matam. A história do milagre que te salvou da queda da estante. Você arrepiado falando em anjos. Essas suas delicadezas em detalhes dormem e acordam comigo. Acariciam e perfuram meu peito vinte e quatro horas por dia. Uma saudade dos mil anos que passamos, ou das três semanas. A loucura de gostar tanto pra tão pouco ou simplesmente a loucura de tanto acabar assim. Fora tudo o que guardei de você, me restou a consideração que você guardou por mim. Sua ligação depois, quando me encontra. Sua mão estendida. Sua lamentação pela vida como ela é. Sua gentileza disfarçada de vergonha por não gostar mais de mim. A maneira que você tem de pedir perdão por ser mais um cara que parte assim que rouba um coração. Você é o mocinho que se desculpa pelo próprio bandido. Finjo que aceito suas considerações mas é apenas pra ter novamente o segundo. Como o segundo do meu nariz na sua nuca quando consigo, por um segundo, te abraçar sem dor. O segundo do seu nome na tela do meu celular. O segundo da sua voz do outro lado como se fosse possível começar tudo de novo e eu charmosa e você me fazendo rir e tudo o que poderia ser. O segundo em que suspiro e digo alô e sinto o cheiro da sua sala. Então aceito a sua enorme consideração pequena, responsável, curta, cortante. Aceito você de longe. Aceito suas costas indo. Aceito o último cacho virando a esquina. O último fio preso no pé da minha cama. Não é que aceito. Quem gosta assim não come migalhas porque é melhor do que nada, come porque as migalhas já constituem o nó que ficou na garganta. Seus pedaços estão colados na gosma entalada de tudo o que acabou em todas as instâncias menos nos meus suspiros. Não se digere amor, não se cospe amor, amor é o engasgo que a gente disfarça sorrindo de dor. Aceito sua consideração de carinho no topo da minha cabeça, seu dedilhar de dedos nos meus ombros, seu tchauzinho do bem partindo para algo que não me leva junto e nunca mais levará, seu beijinho profundo de perdão pela falta de profundidade. Aceito apenas porque toda a lama, toda a raiva, todo o nojo e toda a indignação se calam para ver você passar.
***
É, eu ainda penso em você.
E não, não tenho medo do tempo.
Por pouco eu não acho que nos apaixonamos pela mesma pessoa.
Por pouco não fui eu quem escreveu esse texto.
***
Consideração
Já tinha um mês e resolvi ir nessa festa com cara de festa que você vai. Toda pessoa de cabelo cheio que entrava eu achava que era você. Assim como acho quando estou na rua, no supermercado, na fila do cinema, dormindo. Virei uma caçadora de pessoas cacheadas. Virei uma caçadora de você em todas as pessoas. Então você chegou na festa. E eu apenas sorri e sorri e sorri. Porque era isso. Eu queria te ver apenas. A dor numa caixinha embaixo dos meus pés e eu mais alta pra poder te abraçar sem dor, perto da sua nuca e por um segundo. Eu te acho bonito de formas tão variadas e profundas e insuportáveis. Eu vejo você parecendo um leãozinho no fundo da festa. Suando e analisando. O rei escondido escolhendo a presa que não vai atacar. Com sua eterna tristeza cheia de piadas afiadas. Suas facas afiadas de graças para defender as tristezas que nadam baixas nos seus olhos de quem não quer fazer mal. Mas faz. Seus olhos. Em volta um riozinho melancólico e no centro o sol feliz e novinho chegando. E tudo isso vem forte como um soco de buquê de flores de aço no meu estômago. E eu quero ir até você e te dizer que eu sei que você desmaia quando faz exame de sangue. E como eu gosto de você por isso. E como eu queria tirar todo meu sangue em pé pra você jamais cair. E como eu gosto de você por causa do e-mail que você mandou pro seu amigo com problemas. Como gosto quando você lembra de alguém e precisa demonstrar naquela hora porque tem medo da frieza das suas distrações. Suas listas de culturas e atenções. Os vasinhos. Os vasinhos coloridos da cozinha me matam. A história do milagre que te salvou da queda da estante. Você arrepiado falando em anjos. Essas suas delicadezas em detalhes dormem e acordam comigo. Acariciam e perfuram meu peito vinte e quatro horas por dia. Uma saudade dos mil anos que passamos, ou das três semanas. A loucura de gostar tanto pra tão pouco ou simplesmente a loucura de tanto acabar assim. Fora tudo o que guardei de você, me restou a consideração que você guardou por mim. Sua ligação depois, quando me encontra. Sua mão estendida. Sua lamentação pela vida como ela é. Sua gentileza disfarçada de vergonha por não gostar mais de mim. A maneira que você tem de pedir perdão por ser mais um cara que parte assim que rouba um coração. Você é o mocinho que se desculpa pelo próprio bandido. Finjo que aceito suas considerações mas é apenas pra ter novamente o segundo. Como o segundo do meu nariz na sua nuca quando consigo, por um segundo, te abraçar sem dor. O segundo do seu nome na tela do meu celular. O segundo da sua voz do outro lado como se fosse possível começar tudo de novo e eu charmosa e você me fazendo rir e tudo o que poderia ser. O segundo em que suspiro e digo alô e sinto o cheiro da sua sala. Então aceito a sua enorme consideração pequena, responsável, curta, cortante. Aceito você de longe. Aceito suas costas indo. Aceito o último cacho virando a esquina. O último fio preso no pé da minha cama. Não é que aceito. Quem gosta assim não come migalhas porque é melhor do que nada, come porque as migalhas já constituem o nó que ficou na garganta. Seus pedaços estão colados na gosma entalada de tudo o que acabou em todas as instâncias menos nos meus suspiros. Não se digere amor, não se cospe amor, amor é o engasgo que a gente disfarça sorrindo de dor. Aceito sua consideração de carinho no topo da minha cabeça, seu dedilhar de dedos nos meus ombros, seu tchauzinho do bem partindo para algo que não me leva junto e nunca mais levará, seu beijinho profundo de perdão pela falta de profundidade. Aceito apenas porque toda a lama, toda a raiva, todo o nojo e toda a indignação se calam para ver você passar.
***
É, eu ainda penso em você.
E não, não tenho medo do tempo.
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
The Good Husband
Essa semana tive que adicionar mais um nome à lista das minhas séries prediletas.
Assumo que não tenho sido uma sériemaníaca muito responsável nessas últimas temporadas. Deixei pra trás algumas séries que acompanhava freneticamente e resolvi dar uma segunda chance a algumas que não me interessaram de cara.
Esse foi o caso de The Good Wife.
Quando começou, eu tentei assistir a um, talvez dois episódios, porém o cenário político não me interessou, pareceu tudo americano demais, forçado demais, lento demais.
Em algum desses domingos de tédio, acabei pegando uma maratona no Universal Channel e assisti a alguns episódios da primeira temporada.
Surpresa.
Gostei.
De lá pra cá, baixei toda a 2a temporada e já assisti 12 dos 14 episódios.
A parte política ainda está lá, mas com foco menor.
O que eu gosto mesmo é dos advogados, tribunais, julgamentos e casos complicados.
Essa temporada ainda teve a sensacional participação do Michael J Fox em dois episódios. Ele é muito bom!

Agora só mais uma questão... Será que o Mr. Big é parte do que me atrai nessa série?

-Abso-fucking-lutely!
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Keane
Duas daquelas músicas que mexem comigo pra caramba...
Lindas, sensíveis, reais.
E cabem perfeitamente no agora.
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Espontaneidade
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Na verdade a grande conclusão que tenho tentado não ver é a seguinte: preciso procurar a felicidade em novos lugares, os lugares habituais se tornaram ambientes inóspitos, inabitávies.
O problema agora é saber onde procurar pra depois pensar em depositar.
A resposta mais fácil é procurar aqui, dentro de mim. Mas aqui dentro está uma bagunça daquelas que dá medo de mexer. Dá medo de mexer e descobrir uma encrenca maior do que se imagina.
imagem de Elizabeth Gadd
O problema agora é saber onde procurar pra depois pensar em depositar.
A resposta mais fácil é procurar aqui, dentro de mim. Mas aqui dentro está uma bagunça daquelas que dá medo de mexer. Dá medo de mexer e descobrir uma encrenca maior do que se imagina.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Lembro, lembro, lembro.
É, tinha que ser o seu aniversário pra criar a necessidade de escrever de novo.
Tinha que ser o 6 de dezembro pra eu perder a vergonha e dar as caras no blog.
Tinha que ser domingo. Tinha que ser madrugada.
E aí, com fundo musical, surgem as lembranças e as palavras se atropelam.
Se eu disser que eu lembro do primeiro dia de aula, do primeiro olhar trocado, da pele bronzeada, do moleton branco, da mancha, dos olhos verdes, você acreditaria?
Eu lembro de ser apresentada na aula seguinte, sem querer. Lembro de você invadindo a rodinha das minhas amigas pra me dar oi no dia seguinte, me surpreendendo absurdamente. Lembro da palpitação.
Lembro da expectativa pras aulas de educação física, lembro daquele abraço em que eu me perdia, lembro do cheiro, da textura do cabelo. Lembro de te dar colo. Lembro de te procurar em cada recreio. Lembro da alegria que era encontrar teus olhos em meio à multidão.
Lembro da sua presença em casa, lembro da gente fazendo filminhos pras aulas de religião. Lembro que a gente era sempre o casal que interpretava os pais. Lembro de segurar tua mão embaixo da mesa. Lembro de dar aqueles pulinhos sutis no sofá pra chegar mais perto. Lembro da inocência.
Lembro da tua alegria que muitas vezes se confundia com loucura. Lembro de você cantando marchinhas de carnaval. Lembro de você cantando Rita Lee.
Lembro das excursões, de você com ciúmes. Lembro da gente no teleférico.
Lembro de matar a aula da tarde pra ficar com você no corredor gelado do laboratório. Lembro de querer quebrar todas as regras.
Lembro das cartas, dos bilhetes, das ligações, das visitas, das brincadeiras.
Lembro de tantas promessas, de tantas palavras.
Lembro de querer resolver todos seus problemas, de querer te levar comigo pro mundo, pra sempre.
Lembro da ansiedade de revelar o filme que tinha sua foto. Lembro como a carregava comigo pra cima e pra baixo. Lembro que era minha inspiração. Lembro do porta-retratos do seu quarto.
Lembro como eu fui embora e como foi difícil ficar longe.
Lembro como o tempo passou rápido e, de repente, eu lembro de te perder de vista.
O tempo passou e eu só na lembrança...
Aí eu lembro bem da decepção. Da dor. Lembro bem do dia, de atender o telefone achando que você ia mais uma vez me salvar. Lembro de sentir o chão fugindo dos meus pés. Lembro do meu peito apertado e lembro de procurar por ar e não encontrar. Lembro direitinho onde estava. Lembro cada palavra que você falou, que eu falei.
Lembro de um tempo prolongado de não poder lembrar de você.
Lembro de uma pista, de um email. Lembro do pretexto de um reencontro, que dentre tantos presentes e saudosos, eu só queria saber de você.
Lembro que quando te vi de longe, entrando no bar, lembrei de tudo e senti meu coração pronto pra sair pela boca.
Lembro do papo, das amenidades, das desculpas. Mas lembro de sentar perto, lembro dos olhos nos olhos.
E aí que passou mais tempo, e eu nem lembrava mais.
Mas aí foi a sua vez. Você apareceu sem querer na minha casa. E eu lembro que cheguei lá sem saber. Isso foi outro dia, mas eu lembro como se fosse ontem o impacto no peito de te ver ali, de costas, ao meu alcance. Lembro da roupa, do cheiro, do lugar, da boca seca, das pernas bambas.
Lembro que aquele abraço me levou pras nuvens. Lembro de trocar olhares. Lembro de me cobrar segurança pra agir. Lembro do desespero que era não te deixar escapar. Lembro perfeitamente do momento que antecedeu o beijo. Lembro de esperar 16 anos. Lembro de perder meus dedos entre os seus cabelos. Lembro da sua mão firme na minha cintura. Lembro das nuvens.
Depois de um tempo, eu lembro de cair.
Lembro de prometer não pensar mais em você.
Mas hoje essa promessa eu fiz questão de esquecer.
Tinha que ser o 6 de dezembro pra eu perder a vergonha e dar as caras no blog.
Tinha que ser domingo. Tinha que ser madrugada.
E aí, com fundo musical, surgem as lembranças e as palavras se atropelam.
Se eu disser que eu lembro do primeiro dia de aula, do primeiro olhar trocado, da pele bronzeada, do moleton branco, da mancha, dos olhos verdes, você acreditaria?
Eu lembro de ser apresentada na aula seguinte, sem querer. Lembro de você invadindo a rodinha das minhas amigas pra me dar oi no dia seguinte, me surpreendendo absurdamente. Lembro da palpitação.
Lembro da expectativa pras aulas de educação física, lembro daquele abraço em que eu me perdia, lembro do cheiro, da textura do cabelo. Lembro de te dar colo. Lembro de te procurar em cada recreio. Lembro da alegria que era encontrar teus olhos em meio à multidão.
Lembro da sua presença em casa, lembro da gente fazendo filminhos pras aulas de religião. Lembro que a gente era sempre o casal que interpretava os pais. Lembro de segurar tua mão embaixo da mesa. Lembro de dar aqueles pulinhos sutis no sofá pra chegar mais perto. Lembro da inocência.
Lembro da tua alegria que muitas vezes se confundia com loucura. Lembro de você cantando marchinhas de carnaval. Lembro de você cantando Rita Lee.
Lembro das excursões, de você com ciúmes. Lembro da gente no teleférico.
Lembro de matar a aula da tarde pra ficar com você no corredor gelado do laboratório. Lembro de querer quebrar todas as regras.
Lembro das cartas, dos bilhetes, das ligações, das visitas, das brincadeiras.
Lembro de tantas promessas, de tantas palavras.
Lembro de querer resolver todos seus problemas, de querer te levar comigo pro mundo, pra sempre.
Lembro da ansiedade de revelar o filme que tinha sua foto. Lembro como a carregava comigo pra cima e pra baixo. Lembro que era minha inspiração. Lembro do porta-retratos do seu quarto.
Lembro como eu fui embora e como foi difícil ficar longe.
Lembro como o tempo passou rápido e, de repente, eu lembro de te perder de vista.
O tempo passou e eu só na lembrança...
Aí eu lembro bem da decepção. Da dor. Lembro bem do dia, de atender o telefone achando que você ia mais uma vez me salvar. Lembro de sentir o chão fugindo dos meus pés. Lembro do meu peito apertado e lembro de procurar por ar e não encontrar. Lembro direitinho onde estava. Lembro cada palavra que você falou, que eu falei.
Lembro de um tempo prolongado de não poder lembrar de você.
Lembro de uma pista, de um email. Lembro do pretexto de um reencontro, que dentre tantos presentes e saudosos, eu só queria saber de você.
Lembro que quando te vi de longe, entrando no bar, lembrei de tudo e senti meu coração pronto pra sair pela boca.
Lembro do papo, das amenidades, das desculpas. Mas lembro de sentar perto, lembro dos olhos nos olhos.
E aí que passou mais tempo, e eu nem lembrava mais.
Mas aí foi a sua vez. Você apareceu sem querer na minha casa. E eu lembro que cheguei lá sem saber. Isso foi outro dia, mas eu lembro como se fosse ontem o impacto no peito de te ver ali, de costas, ao meu alcance. Lembro da roupa, do cheiro, do lugar, da boca seca, das pernas bambas.
Lembro que aquele abraço me levou pras nuvens. Lembro de trocar olhares. Lembro de me cobrar segurança pra agir. Lembro do desespero que era não te deixar escapar. Lembro perfeitamente do momento que antecedeu o beijo. Lembro de esperar 16 anos. Lembro de perder meus dedos entre os seus cabelos. Lembro da sua mão firme na minha cintura. Lembro das nuvens.
Depois de um tempo, eu lembro de cair.
Lembro de prometer não pensar mais em você.
Mas hoje essa promessa eu fiz questão de esquecer.
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