sexta-feira, 30 de julho de 2010

Grude

Sabe quando você ouve uma música pela manhã e quando se dá conta, às 18:11 ainda está no repeat da banda?

Então, hoje.
Então, La Roux.

E começou assim:



I'm going in for the kill
I'm doing it for a thrill
Oh I'm hoping you'll understand
And not let go of my hand

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Meu amigo, o consumismo

Um dia em New York meu pai me deu um chaveiro que gritava: I looooove shopping. Chaaaarge! - Achei o maior exagero, eu só compro o que eu preciso... Pena que eu preciso de TUDO, né?

Já me assumi como consumista mesmo, não adianta. Tenho fases totalmente controladas e fases de descontrole diário. Nesses dias tenho me encaixado mais no último caso.

Um dia vou dar uma olhada na Sacks e pronto... Descubro que lá tem o tal do prime que a Ju e a Rud me contaram que existia na semana passada. Pronto, compro. E compro mais um iluminador Dior e uns esmaltes da Revlon pra ficar um pedido mais divertido.


No dia seguinte, minha mãe termina de ler "O Cavalo de Tróia 5", pede pra eu comprar o 6 e eu logo coloco no carrinho do Submarino o volume 1 pra mim (eu adoro séries de livros).


Num fim de domingo recebo a mensagem da minha amiga de NY, falando que vem logo pro Brasil e perguntando se eu preciso de alguma coisa de lá... Ah, tem aquela bolsa perfeita da ONA que não entrega aqui, né? Hum.... Ok, ela vai trazer pra mim.


Hoje mal caí da cama e dou de cara com um post da Ju anunciando sua camiseta nova dos Soundtrackers. Eu, que estava esperando ganhar uma de presente da banda, ao ver a namorada do integrante comprando, resolvi comprar também.

Comprar é sempre divertido, mas na internet tem um gosto a mais... Adoro esperar pelo pacote, criar expectativa todo dia, abrir com calma quando chega em casa, conferir tudo com cuidado... Muito bom.

Por fim, pra acabar com essa lambança toda, preciso assumir meu novo vício: comprar aplicativos pro iPad. É muito muito muito difícil passar o dia sem adquirir nenhum. Socorro!

Alguém tem uma árvore de dinheiro por aí?

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Dom de cuidar

Hoje acabamos de voltar de mais uma temporada no Einstein, bem longa inclusive, 18 dias dessa vez.
Pelo tempo prolongado, hoje vi (e vivi) uma cena que até hoje não achava possível.
Achei que sair do hospital era só alegria.
Achei que os profissionais de saúde estavam acostumados com o vai e vem dos pacientes.

Desde sábado estamos no "clima de alta". A médica responsável pelo "milagre" foi se despedir de nós no sábado. Ela desejou boa sorte, deu um abraço e, com a voz meio embargada, foi embora sem olhar pra trás. Foi bom que ela não olhou. Ia encontrar tanto eu quanto meu pai chorando, sem saber ao certo se tínhamos agradecido o suficiente. Sem saber ao certo se há como agradecer o que ela fez por nós.

Os outros médicos se despediram com menos emoção, talvez por serem "durões" ou por saber que em breve nos veremos nos consultórios da vida para os retornos.

Mas a cena de hoje foi do posto de enfermagem.
Quando finalmente acabaram as medicações e finalmente tiraram o cateter, quando finalmente ele vestiu suas roupas (e seus sapatos), quando enfim o "transporte" veio buscar meu pai com a cadeira de rodas e ele cruzou a porta do quarto com um suspiro profundo, toda a equipe que cuidou tanto dele parou o que estava fazendo e se colocou no caminho para se despedir. Algumas das meninas choraram, o que nos fez chorar também. Emocionou até alguns auditores que pararam por um segundo de olhar para os papéis. Emocionou quem levava a cadeira e quem levava o carrinho com as malas. Ficamos todos sem palavras. E é isso, por mais que eu diga, que eu olhe no olho, que eu mande presentes, nunca poderei agradecer o carinho com que meu pai foi tratado por essas pessoas. Admiro mais do que nunca o dom que elas têm de se doar, de doar seu tempo, sua atenção e seu carinho.

Nunca vou esquecer do Javan, que parecia um escudeiro fiel, do Valentin e sua disposição infinita, do João e seus olhos claros (prontos pra aparecer no Grey's Anatomy), do Edimilson e sua voz doce dando bom dia, do Fabrício e seu ânimo, da Viviana e toda sua doçura, da Luciana e sua eficiência, da Giovana boneca, da Carol e seu riso fácil, da Renata e seu carinho (e sua emoção), da Eva e sua segurança nos nossos momentos de desespero, enfim... Eles têm todo meu respeito e toda minha gratidão. Pra sempre.

Parabéns a todos os profissionais da saúde. A atividade de vocês é a mais louvável.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Profissão Filha Única

Quando eu era criança, não tinha nenhum amigo filho único, mesmo assim nunca fui traumatizada por não ter irmãos. Meus primos e minhas amigas sempre supriram minha necessidade de companhia.
Hoje já conheço praticamente um clube de filhos únicos, todos bem resolvidos e devidamente mimados, é claro.

Sim, mimada mesmo, não tenho por que esconder. E depois de tanto mimo recebido está na hora de retribuir. Para o papai, dedico os horários das refeições, servindo-o com todo amor e toda paciência, convencendo-o a comer mais um pedacinho de bife, mais um gole de suco ou mais uma colherada de sopa insossa. Nos intervalos, muitos beijinhos, passeios pelo mundo no Google Maps e fotos, muitas fotos para ver.

Para a Sonoca, é bem diferente. A fortona não me deixa ajudar muito, tenho que disfarçar levando um lanchinho aqui e outro ali, pegando capuccinos para viagem, convencendo-a a dar umas voltinhas pelo hospital e velando seu sono vespertino.

Paralelamente, nossa secretária de casa tirou férias, então ainda assumi mais algumas funções, de organizar a casa, limpar geladeira, arrumar o quarto antes de sair, providenciar minhas refeições, pagar as contas, resolver onde fica a cachorra, levar e trazer roupas e tals.

Não satisfeita, resolvi aproveitar a ausência dos moradores da casa e realizar uma pequena reforma, substituindo o velho carpete por um piso melhor. Isso acarretou uma série de outras decisões, como providenciar faxineira, faxineiro, caçamba pra levar o lixo, eletricista para arrumar a parte elétrica... Ufa!

Há épocas em que ser filha única vira meu full time job. E que job!

Os dois foram ótimos filhos e não merecem menos que a minha total dedicação.


Super filha, ativar.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Resumo da copa...

Essa foi, com certeza, a copa a que eu mais assisti, mais curti, mais torci.

Infelizmente não pudemos curtir a disputa do terceiro lugar e a final do jeito que desejávamos. Assistimos aqui no Einstein, quietinhos, meio assustados, com a mente vagando e não concentrados nas nossas poltronas como era de costume. Mesmo assim, posso falar que fiquei feliz com o resultado.Adorei o Uruguai, mas nunca vi um time tão "matador" quanto a Alemanha, eles mereceram o terceiro lugar.

Na final estava torcendo para a Espanha mesmo, odiei o jeito kung-fu desestabilizador da Holanda. Peguei raiva daqueles caras.

Outra ENORME vitória para nós, que podemos comemorar agora que a copa acabou: não assistimos a UM jogo sequer na Globo. Fomos de Band, foi excelente. A voz do Galvão é uma poluição auditiva, credo! Prefio mil vezes ouvir as abobrinhas do Neto e do Edmundo.Ontem coloquei na Globo uma única vez, para ver o Ronaldo na Central da Copa. Por ele vale, vai.... E o Thiago Leifert é ótimo, é a salvação.

Agora que acabou, deu um vazio. E já sinto saudades das tardes em casa e de assistir a 3 jogos na sequência. Foram dias muito gostosos. E hoje, daqui do hospital, parecem especialmente felizes.

Enfim, um breve resumo, para que eu não me esqueça de todas essas conclusões até 2014:

-> Aprendi a amar



-> Aprendi a desgostar fortemente:

Em 2012 tem Eurocopa e em 2014 tudo de novo!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Amsterdam

Hoje a Pá postou uma montagem de fotos pra lembrar da Holanda, nossa adversária de amanhã. Fiz um comentário tão legal que virou post.


Eu quero chegar depois da viagem de trem mais traumática da vida, ser enganada pelo taxista, encontrar o melhor quarto de hotel da viagem, sair a pé sem destino, achar que a casa toda aberta era uma loja, jantar num restaurante italiano cuja garçonete parecia a Kika, ir até o Red Light District pra ver qual é, achar graça, depois ficar meio deprê.
Quero me perder entre as ruas estreitas, entrar num coffee shop qualquer, observar mais do que agir, atacar de riso, comer batata no cone na volta, quase ser atropelada 5.321 vezes por bicicletas.

Quero ir de novo na casa da Annie Frank, só pra lembrar mais uma vez de como o homem pode ser cruel, e perceber que não existe problema algum na minha vida.
Quero almoçar no Mc Donalds, me assustar com sanduíches estranhos, fotografar os montes de barcos-casa e me encantar com as bancas na rua que vendiam aquele monte de tulipas maravilhosas. Quero perder a noção do tempo no museu Van Gogh, me deixar levar pela história e pelas cores, depois andar até a fábrica da Heineken só pra descobrir que está fechada pra reforma.

Ah, como é bom viajar, heim... Quanta lembrança boa isso me trouxe!
Loviu, baby! Thanks for being there with me!

Até a próxima...