segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Lembro, lembro, lembro.

É, tinha que ser o seu aniversário pra criar a necessidade de escrever de novo.
Tinha que ser o 6 de dezembro pra eu perder a vergonha e dar as caras no blog.
Tinha que ser domingo. Tinha que ser madrugada.
E aí, com fundo musical, surgem as lembranças e as palavras se atropelam.

Se eu disser que eu lembro do primeiro dia de aula, do primeiro olhar trocado, da pele bronzeada, do moleton branco, da mancha, dos olhos verdes, você acreditaria?
Eu lembro de ser apresentada na aula seguinte, sem querer. Lembro de você invadindo a rodinha das minhas amigas pra me dar oi no dia seguinte, me surpreendendo absurdamente. Lembro da palpitação.
Lembro da expectativa pras aulas de educação física, lembro daquele abraço em que eu me perdia, lembro do cheiro, da textura do cabelo. Lembro de te dar colo. Lembro de te procurar em cada recreio. Lembro da alegria que era encontrar teus olhos em meio à multidão.

Lembro da sua presença em casa, lembro da gente fazendo filminhos pras aulas de religião. Lembro que a gente era sempre o casal que interpretava os pais. Lembro de segurar tua mão embaixo da mesa. Lembro de dar aqueles pulinhos sutis no sofá pra chegar mais perto. Lembro da inocência.

Lembro da tua alegria que muitas vezes se confundia com loucura. Lembro de você cantando marchinhas de carnaval. Lembro de você cantando Rita Lee.
Lembro das excursões, de você com ciúmes. Lembro da gente no teleférico.
Lembro de matar a aula da tarde pra ficar com você no corredor gelado do laboratório. Lembro de querer quebrar todas as regras.
Lembro das cartas, dos bilhetes, das ligações, das visitas, das brincadeiras.

Lembro de tantas promessas, de tantas palavras.
Lembro de querer resolver todos seus problemas, de querer te levar comigo pro mundo, pra sempre.
Lembro da ansiedade de revelar o filme que tinha sua foto. Lembro como a carregava comigo pra cima e pra baixo. Lembro que era minha inspiração. Lembro do porta-retratos do seu quarto.

Lembro como eu fui embora e como foi difícil ficar longe.
Lembro como o tempo passou rápido e, de repente, eu lembro de te perder de vista.

O tempo passou e eu só na lembrança...

Aí eu lembro bem da decepção. Da dor. Lembro bem do dia, de atender o telefone achando que você ia mais uma vez me salvar. Lembro de sentir o chão fugindo dos meus pés. Lembro do meu peito apertado e lembro de procurar por ar e não encontrar. Lembro direitinho onde estava. Lembro cada palavra que você falou, que eu falei.

Lembro de um tempo prolongado de não poder lembrar de você.

Lembro de uma pista, de um email. Lembro do pretexto de um reencontro, que dentre tantos presentes e saudosos, eu só queria saber de você.
Lembro que quando te vi de longe, entrando no bar, lembrei de tudo e senti meu coração pronto pra sair pela boca.
Lembro do papo, das amenidades, das desculpas. Mas lembro de sentar perto, lembro dos olhos nos olhos.

E aí que passou mais tempo, e eu nem lembrava mais.

Mas aí foi a sua vez. Você apareceu sem querer na minha casa. E eu lembro que cheguei lá sem saber. Isso foi outro dia, mas eu lembro como se fosse ontem o impacto no peito de te ver ali, de costas, ao meu alcance. Lembro da roupa, do cheiro, do lugar, da boca seca, das pernas bambas.

Lembro que aquele abraço me levou pras nuvens. Lembro de trocar olhares. Lembro de me cobrar segurança pra agir. Lembro do desespero que era não te deixar escapar. Lembro perfeitamente do momento que antecedeu o beijo. Lembro de esperar 16 anos. Lembro de perder meus dedos entre os seus cabelos. Lembro da sua mão firme na minha cintura. Lembro das nuvens.

Depois de um tempo, eu lembro de cair.

Lembro de prometer não pensar mais em você.

Mas hoje essa promessa eu fiz questão de esquecer.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Meu passeio predileto

E quando eu vejo, já faz quase um mês que eu não escrevo...
Mas outros meios têm tomado meu tempo. E ultimamente os textos ficam só na minha cabeça mesmo.

Tenho me ocupado bastante com pesquisas e planejamentos pra próxima viagem.
Fico tentando entender os mapas, calcular caminhos e planejar passeios que façam bem pra alma e rendam boas fotos.
Adoro mercados coloridos, jardins floridos, zoológicos e nesse quesito tenho um programa campeão: o Oceanário de Lisboa, que conheci em 2008.

Assim que entrei soube que seria inesquecível.
O ambiente azul, o silêncio sutil, a meia luz e até o cheiro de mar... tudo muito agradável.
Me apaixonei por mil bichinhos, morri de medo de outros tantos, tirei fotos lindas (que até hoje são meus wallpapers) e passei horas que pareceram minutos, passei horas em um mundo paralelo, que me distraiu, me encantou, me trouxe paz.

Abaixo algumas das fotos da jornada:






E aproveito pra pedir umas dicas: se você sabe de algum passeio assim em Beirute, Florença, Roma ou Paris, pode mandar! A agenda ainda está under construction!

Pequenos prazeres...

Ontem produzi conteúdo pra caramba...
Postagem no blog, filme pro YouTube, dezenas de emails, cartas pra mim mesma e, como sempre, muitos twitts.

Antes de dormir, porém, não queria computador nem caderno: fiquei com saudade da minha máquina fotográfica, então pulei dos lençóis e fui buscá-la para "brincar um pouco". Ela dormiu na cabeceira da cama.
E eu acordei com vontade de Fotografia.

Resolvi vasculhar as pastas antigas atrás de tesouros esquecidos... E não é que encontrei?
Foi um prazer sem tamanho dar de cara com as cores, as frutas, as texturas, os sabores...

Fotos tiradas no mercado de Barcelona, La Boqueria, em 2008:





Já estou reunindo dicas para a próxima viagem... Feiras, mercados, jardins e afins. Não vejo a hora!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

As minhas bandas

Me deu vontade de escrever sobre as minhas bandas do coração, aquelas que tocam lá na minha casa, que influenciam meu gosto musical e que me divertem barbaridades!!!!

Em ordem cronológica porque esses meus artistas são todos ciumentos, viu! Já levei broncas-possessivas demais. Hahahahaha!


Viva Noite


Histórico: Comecei a frequentar o Na Mata depois de longo e tenebroso inverno, depois de um namoro e noivado que me tiraram de circuito por 4 anos, então não posso negar que o encantamento pela volta às noitadas fez grande parte do trabalho aqui.

Lembro bem da primeira vez que fui. Lembro bem da surpresa que era a cada música do repertório, lembro bem do momento em que resolvi me entregar, prender o cabelo, cantar bem alto e fazer as dancinhas da infância que eu nunca esqueci.

Viva Noite foi minha religião por muito tempo. Mal acabava um sábado e a gente já estava contando os minutos pro próximo. Passávamos a semana em milhões de email-groselha, comentando os acontecimentos, trocando fotos, planejando figurino e revivendo cada momento.

Pessoas que ganhei no caminho: além das tantas pessoas que se reaproximaram, ganhei tanta gente que conviveu e ainda convive comigo. As meninas Clarissa, Maíra, Ana Helena, Fernanda, Raquel, Deinha. Os meninos Fernando, Rafael, Daniel, Leo, Bandani, Dudu, Caio, Herbert, Paulão. Sem contar alguns amores e infelizmente alguns desafetos, mas tudo muito divertido.

Momentos inesquecíveis: entre todos os concursos de dança, teve um aniversário da Clá que todas as meninas subiram ao palco, foi histórico. Também foi marcante o dia da última apresentação deles aos sábados, foram lágrimas e mais lágrimas que marcavam o fim de uma era.

Músicas que provocam descontrole: Linda demais, do Roupa Nova e Farofa, a música tema (eterna) de todo descontrole.

Variante: Acousticover


Frank Elvis & Los Sinatras


Histórico: Eles entraram nos sábados depois do Viva Noite, razão suficiente para que eu resistisse até a última gota a gostar deles. Felizmente não sou teimosa, e depois de uns 3 sábados já estava apaixonada. De cara o Junior (vocalista) percebeu nosso potencial destruidor e, quando eu vi, já estava em cima do palco com ele, ensinando dancinhas e realizando performances jamais imaginadas.

Sim, a especialidade deles é o jamais imaginado, é o surreal, é a loucura em sua forma mais pura. Já vimos tanta coisa naquele palco que até Deus duvida: tombos, danças bizarras, brindes, eu como dançarina, eu como cantora... Melhor nem enumerar!

Hoje eles são minha segurança, minha garantia de diversão aos sábados. Não tem erro.

Pessoas que ganhei no caminho: Dentre outros tantos, Daniel e Pri merecem destaque. Quando estamos juntos o show é sempre diferente, sempre especial, sempre melhor. Lógico que comecei não indo com a cara de nenhum dos dois (e a recíproca também era verdadeira), mas uma vez juntos, a sintonia e o grau de loucura etílica nos uniu. E o que o mojito une nada pode separar.

Momentos inesquecíveis: meus tantos aniversários comemorados com todo carinho no palco, os momentos surreais de papos sem pé nem cabeça pós-show e, pessoalmente, a atenção do Junior conosco. Não esqueço o dia em que cheguei no meu cantinho chorando e ele mais do que depressa se ajoelhou e segurou meu rosto pra me amparar.

Músicas que provocam descontrole: Psycho Killer, meu tema pessoal, Don't stop me now, que aprendi a gostar com eles, Hot and Cold e Pro dia nascer feliz.

Variante: Mavericks


The Soundtrackers

Histórico: Essa foi uma banda que infelizmente demorei pra conhecer. Mesmo com todo mundo sempre recomendando e garantindo que eu iria adorar, foi só em setembro do ano passado que assisti ao show. E que show! O repertório é impecável sempre, os músicos impressionantemente bons e os meus pés nunca mais foram os mesmos. Inclusive, se eu puder dar uma dica para quem nunca assistiu, vá vestindo um tênis, você não vai se arrepender.

Pessoas que ganhei no caminho: além dos meninos da banda que são incrivelmente adoráveis, veio a Ju (Sra. Nog, que eu adorei de cara) e a Cris Badaui.

Momentos inesquecíveis: o show que eu, Ju e Fê fomos em Itu, eu com roupa de chácara e tênis (o que me proporcionou muitas danças russas), a gravação do DVD e o primeiro show que eu vi deles depois que meu casalzinho predileto se formou, foi muito lindo observá-los.

Músicas que provocam descontrole: A pièce de résistance do primeiro show ficou marcada: That thing you do, que eu sempre amei porém nunca imaginei ouvir no Na Mata. Depois, criei uma loucura com The heat is on. Dizem as más línguas que eu grito muito quando percebo que vai começar. Más línguas.

Variante: Na Trave

Criei uma playlist no Youtube pra quem quiser começar bem o dia. Eu, depois de tantas lembranças, com certeza começarei.




Essa semana é bem provável que eu consiga ver minhas 3 paixões. Que bom motivo pra sorrir em plena segundona, não é?

Descobertas da semana

Bom, foi uma semana predominantemente introspectiva, de muita leitura, alguma pesquisa, e umas saidinhas ocasionais.

Como estamos naquele momento do domingo onde insônia e Morfeu entram semanalmente em atrito, resolvi dar uma resumida nas descobertas culturais da semana.

Comecei a semana fazendo aquela arrumação no quarto e refazendo, pela milésima vez, a "fila" de livros para ler. Dessa vez levei a sério e finalmente li o livro da Ju que estava comigo há anos: Através do Espelho. Li em uma tacada só. Comecei no fim da tarde, tive um break rápido para a sopinha da noite e voltei correndo pra terminar. É um livro lindo, sensível e cheio de imagens e analogias daquelas pra parar e pensar. Daquelas que mudam seu jeito de ver as coisas, de entender o mundo. É o segundo livro do Jostein Gaarder que leio, ambos por indicação da July. Devo admitir que o mais famoso, O mundo de Sofia, é um daqueles que está na prateleira dos empacados, mas creio que em breve conseguirei encará-lo novamente. Meu predileto continua sendo O dia do Curinga, cheio de enigmas e mistérios (Peixinho não revela segredo, mas pãozinho sim...).

Depois, resolvi ler um daqueles mil pocket books de capa colorida que eu comprei na Livraria Cultura: Thanks for the Memories, da irlandesa Cecelia Ahern, que também escreveu PS eu te amo (o livro e consequente filme que mais me mataram de chorar na história). Esse livro novo é bem mais leve, bem açucarado mesmo, às vezes até enjoa e resolvo pular uns capítulos. Logo logo termino, falta bem pouco para chegar ao final provavelmente previsível, mas sou persistente mesmo no erro: leio até o fim.

A supresa da semana ficou reservada ao meu passeio pelo shopping Ibirapuera numa dessas manhãs. Como eu e minha mãe não estamos saindo de casa ao mesmo tempo, para não deixar o mimadinho sozinho, fui eu a encarregada de verificar a possibilidade de aproveitamento da promoção da Stroke, loja preferida de Mami. Fiz especialmente para ela, um estrago daqueles entre regatas e camisetas deliciosas, porém esssa não é a surpresa. A surpresa é que eu incorporei realmente a Soninha, passei reto na Saraiva e fui me deliciar na Camicado. Alguém previa isso? Eu, JAMAIS! Enfim, foi assim, nenhum livro, jogo ou dvd comprados, porém uma série de potinhos de salada, frigideiras coloridas, panelinhas individuais para sopa e até uma chaleira desenhada (que eu achei a coisa mais linda do mundo).

Outra grande surpresa também foi o Clube da Comédia. Eu adoro rir, mas sou meio resistente à comédia, principalmente stand up... Tive lá umas experiências desagradáveis e nunca quis tentar de novo, porém na 4a, a Pri ligou me convidando e eu, louca para dar uma saidinha de casa, topei sem pensar duas vezes... Nunca imaginaria o que eu passei mal de rir nas horas seguintes. O espetáculo foi lá no Procópio Ferreira, vários comediantes, alguns claramente geniais, alguns a caminho e alguns bem manjados. Tirando a parte da Gordofobia (que eu nunca vi nem nunca verei graça), todos os outros temas foram bem interessantes, com destaque para o André Bernardes (que é o criador do Porteiro Zé) e o Léo Lins, que me fez chorar de rir.

Sexta-feira, acordei num pique cinematográfico e resolvi assistir a um filme atrás do outro, rezando para que o Telecine e a HBO cooperassem com o plano. No fim eles cooperaram. Acabei assistindo Coraline, que queria ver há tempos. Achei doce, infantil, descompromissado. Bom pra passar o tempo. Depois, não resisti a um pedaço de Breakfast Club, classicão 80, trilha sonora divertida, histórias inocentes e uma moda que dá gooooosto de ver (e saber que passou). Depois, peguei outro pela metade: O Pai da noiva II. É besta, sim, é Steve Martin, tem dobermans dormindo na cama, eu sei de trás pra frente, mas mesmo assim encarei e, pasmem, me emocionei no final (manteiga derretida é pouco). Para terminar, encarei The ugly truth, que eu sabia que seria idiota, mas gosto da Katherine Heigl por causa de Grey's Anatomy e gosto do Gerard Butler em qualquer circunstância.

Pra terminar, passei sábado e domingo sem colocar os pés pra fora de casa. Uma nuvem bem cinzenta baixou por aqui e eu não consegui fazer muito esforço para espantar (aliás, ultimamente, tenho me deixado vencer mais do que eu gostaria, mas isso é papo para outro post). Resolvi FINALMENTE começar a assistir Dexter, desde o primeiro episódio da primeira temporada. Cá estou, fazendo uma breve pausa durante o sétimo episódio da segunda. É o tipo de série que eu gosto, com gente louca, dificuldade de interação social, mistérios, crimes e inteligência. Não sei se vou conseguir parar de assistir tão cedo... Então boa noite, dominguite e boa semana para todos.

E que essa nuvem cinzenta vá embora de uma vez, por favor!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Blue

De vez em quando uma dorzinha de amor insiste em aparecer.

Quem chama é um perfume, uma camiseta igual a que ele vestia, uma expressão que ele usava, uma aparição surpresa, uma música na cabeça, uma história num livro, uma imagem esquecida no hd.

Eu sei que nenhuma lembrança pode mudar o rumo que as coisas tomaram, com nenhum deles inclusive, mas gosto dessa sensação, gosto da nostalgia, gosto de lembrar como foi, como me encantei, como tudo aconteceu...

Mesmo que depois venha um gostinho azedo, vale o sonho, nem que por um minuto, um segundo.


I thought you could...

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Preguicite

Tenho aqui nos rascunhos uns 4 posts começados, mas nesses dias de Einstein não tenho muita inspiração para sentar, escrever e terminar. Eu gosto de escrever na cama, a maioria dos posts daqui saiu daqueles momentos de luta contra o sono, com o note no colo e um monte de ideias na cabeça, só que ultimamente quando eu chego em casa capoto instantaneamente, não dá tempo nem pra flickr, nem pra blog, nem pra fazendinha que eu adoro...

Então, só pra não parecer que eu esqueço do blog, vou reeditar mais uma resposta do Formspring (que, como previsto, morreu). Escolhi um assunto bem... digamos feliz... pra alegrar a tarde e alimentar os olhos das meninas, pergunta feita pela caçulinha Quel: meu top 10 de beleza masculina.

Antes de tudo, eu sei que tenho um gosto meio bizarro e que muitos dos caras que eu acho o máximo são pouco conhecidos, mesmo assim, nos últimos anos, formalizei o "meu tipo", facilmente reconhecido pelas minhas amigas e família (e que pouco tem a ver com esses caras abaixo).


1) Bradley Cooper 2) Josh Holloway 3) Naveen Andrews
4) Jeffrey Dean Morgan 5) Kevin McKidd

Gente, num guento ir até o 10 nesse momento, tá?
Acho que já deu pra divertir um pouquinho!

Seus lindos!

domingo, 8 de agosto de 2010

Todo dia é dele



Parabéns meu amor maior, meu exemplo inatingível, meu super herói, meu chefe, meu apoio, meu ponto fraco, meu fotógrafo, meu incentivo, minha segurança, meu santinho, meu mimo, minha paixão suprema e eterna.



sexta-feira, 30 de julho de 2010

Grude

Sabe quando você ouve uma música pela manhã e quando se dá conta, às 18:11 ainda está no repeat da banda?

Então, hoje.
Então, La Roux.

E começou assim:



I'm going in for the kill
I'm doing it for a thrill
Oh I'm hoping you'll understand
And not let go of my hand

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Meu amigo, o consumismo

Um dia em New York meu pai me deu um chaveiro que gritava: I looooove shopping. Chaaaarge! - Achei o maior exagero, eu só compro o que eu preciso... Pena que eu preciso de TUDO, né?

Já me assumi como consumista mesmo, não adianta. Tenho fases totalmente controladas e fases de descontrole diário. Nesses dias tenho me encaixado mais no último caso.

Um dia vou dar uma olhada na Sacks e pronto... Descubro que lá tem o tal do prime que a Ju e a Rud me contaram que existia na semana passada. Pronto, compro. E compro mais um iluminador Dior e uns esmaltes da Revlon pra ficar um pedido mais divertido.


No dia seguinte, minha mãe termina de ler "O Cavalo de Tróia 5", pede pra eu comprar o 6 e eu logo coloco no carrinho do Submarino o volume 1 pra mim (eu adoro séries de livros).


Num fim de domingo recebo a mensagem da minha amiga de NY, falando que vem logo pro Brasil e perguntando se eu preciso de alguma coisa de lá... Ah, tem aquela bolsa perfeita da ONA que não entrega aqui, né? Hum.... Ok, ela vai trazer pra mim.


Hoje mal caí da cama e dou de cara com um post da Ju anunciando sua camiseta nova dos Soundtrackers. Eu, que estava esperando ganhar uma de presente da banda, ao ver a namorada do integrante comprando, resolvi comprar também.

Comprar é sempre divertido, mas na internet tem um gosto a mais... Adoro esperar pelo pacote, criar expectativa todo dia, abrir com calma quando chega em casa, conferir tudo com cuidado... Muito bom.

Por fim, pra acabar com essa lambança toda, preciso assumir meu novo vício: comprar aplicativos pro iPad. É muito muito muito difícil passar o dia sem adquirir nenhum. Socorro!

Alguém tem uma árvore de dinheiro por aí?

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Dom de cuidar

Hoje acabamos de voltar de mais uma temporada no Einstein, bem longa inclusive, 18 dias dessa vez.
Pelo tempo prolongado, hoje vi (e vivi) uma cena que até hoje não achava possível.
Achei que sair do hospital era só alegria.
Achei que os profissionais de saúde estavam acostumados com o vai e vem dos pacientes.

Desde sábado estamos no "clima de alta". A médica responsável pelo "milagre" foi se despedir de nós no sábado. Ela desejou boa sorte, deu um abraço e, com a voz meio embargada, foi embora sem olhar pra trás. Foi bom que ela não olhou. Ia encontrar tanto eu quanto meu pai chorando, sem saber ao certo se tínhamos agradecido o suficiente. Sem saber ao certo se há como agradecer o que ela fez por nós.

Os outros médicos se despediram com menos emoção, talvez por serem "durões" ou por saber que em breve nos veremos nos consultórios da vida para os retornos.

Mas a cena de hoje foi do posto de enfermagem.
Quando finalmente acabaram as medicações e finalmente tiraram o cateter, quando finalmente ele vestiu suas roupas (e seus sapatos), quando enfim o "transporte" veio buscar meu pai com a cadeira de rodas e ele cruzou a porta do quarto com um suspiro profundo, toda a equipe que cuidou tanto dele parou o que estava fazendo e se colocou no caminho para se despedir. Algumas das meninas choraram, o que nos fez chorar também. Emocionou até alguns auditores que pararam por um segundo de olhar para os papéis. Emocionou quem levava a cadeira e quem levava o carrinho com as malas. Ficamos todos sem palavras. E é isso, por mais que eu diga, que eu olhe no olho, que eu mande presentes, nunca poderei agradecer o carinho com que meu pai foi tratado por essas pessoas. Admiro mais do que nunca o dom que elas têm de se doar, de doar seu tempo, sua atenção e seu carinho.

Nunca vou esquecer do Javan, que parecia um escudeiro fiel, do Valentin e sua disposição infinita, do João e seus olhos claros (prontos pra aparecer no Grey's Anatomy), do Edimilson e sua voz doce dando bom dia, do Fabrício e seu ânimo, da Viviana e toda sua doçura, da Luciana e sua eficiência, da Giovana boneca, da Carol e seu riso fácil, da Renata e seu carinho (e sua emoção), da Eva e sua segurança nos nossos momentos de desespero, enfim... Eles têm todo meu respeito e toda minha gratidão. Pra sempre.

Parabéns a todos os profissionais da saúde. A atividade de vocês é a mais louvável.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Profissão Filha Única

Quando eu era criança, não tinha nenhum amigo filho único, mesmo assim nunca fui traumatizada por não ter irmãos. Meus primos e minhas amigas sempre supriram minha necessidade de companhia.
Hoje já conheço praticamente um clube de filhos únicos, todos bem resolvidos e devidamente mimados, é claro.

Sim, mimada mesmo, não tenho por que esconder. E depois de tanto mimo recebido está na hora de retribuir. Para o papai, dedico os horários das refeições, servindo-o com todo amor e toda paciência, convencendo-o a comer mais um pedacinho de bife, mais um gole de suco ou mais uma colherada de sopa insossa. Nos intervalos, muitos beijinhos, passeios pelo mundo no Google Maps e fotos, muitas fotos para ver.

Para a Sonoca, é bem diferente. A fortona não me deixa ajudar muito, tenho que disfarçar levando um lanchinho aqui e outro ali, pegando capuccinos para viagem, convencendo-a a dar umas voltinhas pelo hospital e velando seu sono vespertino.

Paralelamente, nossa secretária de casa tirou férias, então ainda assumi mais algumas funções, de organizar a casa, limpar geladeira, arrumar o quarto antes de sair, providenciar minhas refeições, pagar as contas, resolver onde fica a cachorra, levar e trazer roupas e tals.

Não satisfeita, resolvi aproveitar a ausência dos moradores da casa e realizar uma pequena reforma, substituindo o velho carpete por um piso melhor. Isso acarretou uma série de outras decisões, como providenciar faxineira, faxineiro, caçamba pra levar o lixo, eletricista para arrumar a parte elétrica... Ufa!

Há épocas em que ser filha única vira meu full time job. E que job!

Os dois foram ótimos filhos e não merecem menos que a minha total dedicação.


Super filha, ativar.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Resumo da copa...

Essa foi, com certeza, a copa a que eu mais assisti, mais curti, mais torci.

Infelizmente não pudemos curtir a disputa do terceiro lugar e a final do jeito que desejávamos. Assistimos aqui no Einstein, quietinhos, meio assustados, com a mente vagando e não concentrados nas nossas poltronas como era de costume. Mesmo assim, posso falar que fiquei feliz com o resultado.Adorei o Uruguai, mas nunca vi um time tão "matador" quanto a Alemanha, eles mereceram o terceiro lugar.

Na final estava torcendo para a Espanha mesmo, odiei o jeito kung-fu desestabilizador da Holanda. Peguei raiva daqueles caras.

Outra ENORME vitória para nós, que podemos comemorar agora que a copa acabou: não assistimos a UM jogo sequer na Globo. Fomos de Band, foi excelente. A voz do Galvão é uma poluição auditiva, credo! Prefio mil vezes ouvir as abobrinhas do Neto e do Edmundo.Ontem coloquei na Globo uma única vez, para ver o Ronaldo na Central da Copa. Por ele vale, vai.... E o Thiago Leifert é ótimo, é a salvação.

Agora que acabou, deu um vazio. E já sinto saudades das tardes em casa e de assistir a 3 jogos na sequência. Foram dias muito gostosos. E hoje, daqui do hospital, parecem especialmente felizes.

Enfim, um breve resumo, para que eu não me esqueça de todas essas conclusões até 2014:

-> Aprendi a amar



-> Aprendi a desgostar fortemente:

Em 2012 tem Eurocopa e em 2014 tudo de novo!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Amsterdam

Hoje a Pá postou uma montagem de fotos pra lembrar da Holanda, nossa adversária de amanhã. Fiz um comentário tão legal que virou post.


Eu quero chegar depois da viagem de trem mais traumática da vida, ser enganada pelo taxista, encontrar o melhor quarto de hotel da viagem, sair a pé sem destino, achar que a casa toda aberta era uma loja, jantar num restaurante italiano cuja garçonete parecia a Kika, ir até o Red Light District pra ver qual é, achar graça, depois ficar meio deprê.
Quero me perder entre as ruas estreitas, entrar num coffee shop qualquer, observar mais do que agir, atacar de riso, comer batata no cone na volta, quase ser atropelada 5.321 vezes por bicicletas.

Quero ir de novo na casa da Annie Frank, só pra lembrar mais uma vez de como o homem pode ser cruel, e perceber que não existe problema algum na minha vida.
Quero almoçar no Mc Donalds, me assustar com sanduíches estranhos, fotografar os montes de barcos-casa e me encantar com as bancas na rua que vendiam aquele monte de tulipas maravilhosas. Quero perder a noção do tempo no museu Van Gogh, me deixar levar pela história e pelas cores, depois andar até a fábrica da Heineken só pra descobrir que está fechada pra reforma.

Ah, como é bom viajar, heim... Quanta lembrança boa isso me trouxe!
Loviu, baby! Thanks for being there with me!

Até a próxima...

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Fanática


60904126
Upload feito originalmente por adidasnewsstream
Hoje não tem jogo. Amanhã também não.
Estou sentindo um vaziiiiio...

Engraçado, assistir a essa Copa tem sido especialmente divertido.
São manhãs e tardes no sofá gostoso, ao lado dos meus pais, com comidinhas gostosas e risadas mil.
Me sinto um "moleque", que fica zapeando o dia todo entre mesas redondas e quadradas. Assisto até o Milton Neves. A tv já se esqueceu de qualquer canal que não seja Band, ESPN e SporTV.

Quando começaram os jogos, eu estava torcendo pra um time de cada grupo (quando não mais). Agora, muitos dos meus queridos já foram pra casa, inclusive Itália e Portugal, responsáveis por 50% do meu DNA.

Agora, sobraram os poucos e bons. Torço muito para o Brasil, fico com frio na barriga e perco a voz, mas tenho que assumir que quem ganhou meu coração nessa copa foi esse senhor aí. Esse ex-jogador, ex-cheirador e técnico atual da equipe dos hermanos. A paixão dele pelo jogo, pela bola e pelos jogadores é inspiradora.
Ter personalidade é isso, é assumir um amor impossível, jamais imaginado. Ter personalidade também é mudar de ideia. E por ele eu tive que me render! Pra mim ele é A figura da Copa.

Estou ansiosa pra sábado... Ainda não sei se vou torcer por essa paixão ou pela Alemanha, só pra poder comemorar com eles na Oktoberfest.