Pra falar a verdade, eu queria mesmo era fugir, pra bem longe, onde nada me alcançasse. Mas já descobri no ano passado que essa não é a solução...
Então, vamos lá pra mais uma sessão de autoterapia, porque eu preciso mesmo saber o que vem acontecendo.
Antes de tudo, eu preciso dormir. Passei essa noite totalmente em claro, revirando na minha cabeça mil histórias, mil problemas e nenhuma solução. Rezei, li, vi os programas mais chatos da programação de tv. Voltei pra internet, escrevi, joguei, li mais um pouco. E nada de sono... Cá estava eu, às 6 da manhã, com os olhos bem abertos, esperando o jornal começar.
Eu não sei mesmo o que fazer da minha vida. E o que antes eu achava que era piada, agora tá perdendo a graça. A vida é agora, preciso largar minha faixa de Miss Procrastinação e partir pra algum lado. Qualquer lado. Preciso tomar sérias decisões, me cobro isso a todo momento, mas não chego a nenhuma conclusão viável, um desespero.
Preciso selecionar as pessoas que participam da minha vida. Não quero mais deixar ninguém entrar pra me magoar intencionalmente. Eu sei, é um risco que se corre todo dia. Mas posso não querer correr, pelo menos por um tempo?
Tem ausências que dóem, mas parecem necessárias. E presenças questionáveis.
Tenho medo de conflito, quero paz. Quero todas as energias positivas do mundo. Todo bom humor também pode acompanhar, por favor.
Como balancear? Como colocar tudo em seu lugar? Quando será que eu vou aprender a lidar com isso sem sofrimento?
Nada sei.
Vou tomar um chá e pensar mais um pouco, espero que logo eu consiga desligar.
Estou aqui abrindo o coração, talvez falando demais.
Talvez dando munição desnecessária e me expondo demais.
Sorry, leitores, pela deprê, foi o cansaço.
Mas hoje, eu precisava desabafar.

"Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome." Clarice Lispector